Atendimento II

Conceito e prática de bom atendimento sempre foi discutível. O padeiro daquela padaria sempre se mostra indiferente aos seus clientes diários, aquela atendente da Oi só consegue falar “5 dias úteis”, o serviço de SAC daquela outra empresa nem sequer abre seus e-mails, aquele representante parou de me dar atenção após ter conseguido um outro cliente parrudo… e assim por diante. Tem uns que dizem que só por ter atendido, já é algo bom. Outros, só vão sentir algum bom efeito quando ver que a solução já está quase 100% entregue. E existem outros ainda que só se darão por satisfeitos quando sentir um bom atendimento após utilizá-los pelo menos umas 3 vezes consecutivas.

Um bom tempo atrás, eu chegava a pensar: “Ela atende mal porque ela levanta no meio da madrugada, pega 3 conduções para chegar ao trabalho, não tem estudo, nem expectativas, é todo dia aquele esquema com o headset e um sistema lerdo em seu computador para atender os clientes xingando, 15 minutos de almoço, ganha um salário mínimo e não pode gastá-lo com ela própria porque tem que ajudar o irmão que tem 20 filhos…”. Mas eu também me deparava com pessoas que tinham uma vida totalmente diferente desta anterior, e que por algum motivo, talvez preguiça, desmotivação ou desagrado mostravam um atendimento tão péssimo quanto a outra.

Não sei o que você pensa, mas eu acredito que se você topou o desafio, você também aceitou as regras. Claro, sempre há espaço e tempo de sugerir mudanças para o melhor, mas de um jeito ou de outro, ainda assim, você aceitou os termos básicos para fazer este atendimento.

Eu ainda tenho minhas dúvidas se o serviço de atendimento possui as vagas mais fáceis de serem preenchidas e por isso, você encontra uma grande variedade de pessoas ineficientes fazendo tal serviço. Às vezes, nem é pela falta de atenção e carisma no atendimento, mas pode acabar pecando no analfabetismo (que dependendo dos dados a serem registrados, pode causar danos e muita dor de cabeça para a empresa e para o cliente).

Como você muda isso?

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