A monotonia trazendo sérios riscos para sua vida

monotonia“I feel monotony and death to be almost the same” – Charlotte Brontë

Eu sei e você sabe que respirar monotonia é uma questão de escolha… sim, uma questão de escolha da própria pessoa. No entanto, não é difícil encontrarmos pessoas que se arrastam ou lamentam dizendo que estão achando tudo muito chato ou monótono… que o dia-a-dia delas é seeeempre a mesma coisa.
Bom, se realmente elas ficarem aguardando todas as mesmas coisas acontecerem dia após dia… fica difícil ter a ideia de se desviar um pouco do caminho. E este caminho traz uma sensação tão ruim, tão pesada a aquelas pessoas, que muitas caminham para a depressão ou algo significativamente psicossomático. Um verdadeiro perigo para sua mente, seu corpo… e sua própria vida.

Às vezes, a causa disso pode ser o “pensar muito… agir pouco”. Isso já aconteceu e geralmente acontece com todos. Em algum momento, nos encontramos parados ou até fazendo algum movimento mecânico e ficamos lá, pensando, divagando, criando uma teia de pensamentos, criando histórias cheias de probabilidades e impossibilidades. E perdemos totalmente o foco no que estamos fazendo naquele momento… até porque às vezes simplesmente estamos parados sem fazer nada. E você pode não perceber, mas lá se vão segundos, minutos ou até horas só pensando e não agindo. Eu acredito que em uma proporção maior, as pessoas se acostumam tanto a estes momentos, que acabam sofrendo por coisas que não aconteceram, por coisas que acabaram por não fazer ou realizar. E não demora muito para vir uma possível depressão.

Quando percebemos, a causa de todo um universo catastrófico em nossas vidas foi um simples toque de monotonia em algum lugar no passado. E essa monotonia podia ter sido evitada.

É engraçado dizer isso, mas a monotonia não tem nada a ver com uma rotina disciplinada diária. Uma pessoa pode levar uma vida disciplinada, regrada e com compromissos que exigem que ela esteja em um local em um determinado horário todo santo dia. E ainda assim, se ela inserir elementos e pessoas diferentes dentro desta rotina, sem deixar de realizar suas atividades corriqueiras, a monotonia pode passar longe dela. Por exemplo, todas as manhãs, eu levanto e saio para fazer uma caminhada/corrida por meia hora na esteira ou na rua, retorno para casa, tomo banho, tomo café, leio por 10 minutos e vou para o trabalho. A monotonia passa longe desta minha manhã pois eu sempre verei pessoas diferentes em meus exercícios matinais. Nunca se sabe se algo errado vai ocorrer com os ovos que preparo para o café. Não é certo que meu gato acabará arranhando ou mastigando alguma roupa sobre a cama. E nunca se sabe o que vou ler… posso escolher o que quiser, e nenhuma página será como a outra. E muitas outras coisas podem ocorrer durante esta rotina. Nunca é igual… ou eu não deixo ficar na mesmice de sempre.
Da mesma forma, as pessoas que não seguem necessariamente uma rotina podem se encontrar em momentos de reflexão profunda enquanto dirigem o carro, quando vão deitar a cabeça no travesseiro alguma noite, e veja só, a pessoa que não estava seguindo uma rotina, se vê entrando em transe e faz disso uma “rotina”.

O que realmente precisamos fazer é agir mais, da forma menos mecânica possível. Faça sempre coisas diferentes no seu dia-a-dia e discipline a si mesmo para não ficar olhando para o além e começando a divagar sobre diversas coisas. Preste atenção ao seu redor, ao seu ambiente, aos objetos que você está pegando e os processos em que você está agindo. Certamente treinando isso, você tem menor possibilidade de cair em momentos ou dias monótonos e viverá melhor cada dia.

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