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Objetivo e precisão é tudo

Por anos tenho olhado inúmeros currículos, todos obviamente para trabalhar diretamente comigo.
Graças aos serviços como o trampos.co, você consegue receber vários currículos por hora, dependendo da vaga. No entanto, quanto mais currículos você recebe neste dia-a-dia corrido, menor o tempo para conseguir puxar e ver o que os candidatos têm a oferecer. Menor o tempo, maior a objetividade que estes arquivos e mensagens precisam ter.

É triste mas existem vários candidatos que realmente não se importam em escrever algo no corpo do e-mail, existem os que enviam para vários e-mails de outras agências, temos os que atiram para todos os lados, e alguns poucos que acham que estão falando com um de seus concorrentes, porém enviando para seu e-mail.

É muito ruim esta falta de noção dos candidatos, principalmente os mais novos (alguns, pelo menos). Em nosso meio (Comunicação), é muito comum recebermos currículos com os objetivos “trabalhar na área de Marketing/ Comunicação”. Isso é muito amplo, amplo demais. Embora seja um erro muito comum dos novatos, isso não o ajuda a “ser pego para o que tiver”, muito pelo contrário, sua única chance naquele lugar foi descartada.

Gostava de ver currículos objetivos, quero trabalhar nisso ou com isso, tenho experiência naquilo (experiência que interessava para aquela vaga, não a de padeiro, a de mágico, de curandeiro).

Não estou falando apenas dos novatos, todos somos candidatos, de alguma forma. Apenas acredito que para qualquer documento, trabalho ou algo que vá mostrar como você é e o que você faz, precisa ser objetivo, conciso e passar o que você gostaria de receber se estivesse do outro lado.

WTF?

Eu entendo perfeitamente que muitas coisas hoje não estão fáceis, mas é exatamente por isso que devemos nos esforçar mais para fazermos o certo, nos arriscarmos com todo nosso melhor e nem pensar em levar as coisas tão levianamente.
Quando estamos em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho, precisamos entender se os requisitos no mínimo batem com o que podemos oferecer do nosso esforço, conhecimento e experiência. Além disso, devemos sempre levar em consideração sobre nossos extras, sobre nosso conhecimento que poderá ser útil, mesmo não tendo sido um requisito.

Sim, fiz todo esse rodeio para falar que também existem casos penosos, talvez por falta de experiência, por alguém aconselhando… ou por falta de vontade própria mesmo.
Presenciei neste último mês, dois currículos de 2 candidatas a uma vaga em comunicação. A primeira enviou seu currículo anexo a um e-mail e um texto de apresentação:
“… Dentre minhas características profissionais destacam-se o perfeccionismo, dedicação, facilidade de interação com o grupo e responsabilidade.”

O interessante foi notar que uma das próximas candidatas também apresentava um texto de apresentação no corpo do e-mail:
“… Dentre minhas características profissionais destacam-se o perfeccionismo, dedicação, facilidade de interação com o grupo, responsabilidade… (seguir listando suas aptidões).”

Poxa, gente.