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A maioria está pronta para as novas opções?

NFC (Near Field Communication), a explicação mais simples é o sistema que permite a transferência de dados entre dispositivos que o possuam habilitados. A simples transferência pode ser feita via wi-fi ou bluetooth? Com certeza, mas com o NFC a diferença fica por conta de não necessitar de acesso da Internet, e ele também precisaria estar praticamente a no máximo 10 cm do outro dispositivo, além de ser bem rápido o envio e recepção de dados, menos de 1 segundo.

E também é preciso não misturar as bolas, QR Code é outra coisa (que você com certeza já assistu no YouTube aquele vídeo da Tesco nas estações de metrô da Coreia do Sul). Ah sim, e quanto ao RFID? O NFC é basicamente uma forma de RFID, só que este último permite uma leitura e recepção de distâncias maiores que as do NFC, além de também só ler, ele só recebe os dados.

O que descrevi aqui não se trata de algo novo, mas só recentemente as operadoras de cartão de crédito lançaram ou começaram a testar aqui na América Latina, o NFC para o simples comércio. Parece que também testaram no sistema de transporte público do litoral ou algo assim, mas apenas para controle de quantidade de passageiros. Veja aqui um exemplo de como uma empresa criou um aplicativo e sistema para instalar nos supermercados franceses do Grupo Casino.

Pesquisei e li diversos artigos e notícias sobre a questão de segurança do NFC, e os argumentos foram tão empatados como na divisão de opiniões sobre o comercial do Classe A ao som do “Lelek lek lek”. A questão começa pelo uso do celular para que você se dirija ao ponto de venda, nem sequer tendo sua carteira com você. O uso do celular para ações comerciais aqui no Brasil, seja uma simples compra de um app no Google Play ou então de uma transferência via app do banco, ainda esbarra muito na questão da desconfiança. As pessoas não sabem se pode ser algo seguro fazer isso via celular, se seu antivírus vai realmente cumprir seu papel em momentos como esse, ou até mesmo o que pode acontecer caso seu dispositivo seja roubado.

De qualquer forma, lá está você na mesma situação que assistiu no vídeo. Posicionando seu celular nas tags dos produtos, fazendo suas opções, recebendo ofertas e em seguida, passando no “caixa”, seu registro do cartão com a bandeira Visa ou Mastercard foi ativado para conclusão da compra. É neste momento que começam as divisões de opiniões sobre a segurança de seus dados.

Algumas fontes explicam que existe a possibilidade de ter a entrada de terceiros no meio desta comunicação, que podem receber seus dados e alterá-los. Outros dizem que ao deixar habilitado o NFC em seu celular, qualquer pessoa pode se aproximar e captar seus dados. Mas também existem aqueles que batem no argumento de que tudo isso é mito e que há muitas etapas e até o próprio ok codificado do dono do celular e da conta no processo.

Eu acredito que, independente da tecnologia adotada, sempre haverá uma pequena brecha para tudo. O mau uso e más intenções não são efeitos da tecnologia, mas de vários outros aspectos da sociedade e do ser humano.

A mistura básica

Não sei a idade de vocês, mas um tempo atrás, usar o verbo “curtir” já era um pouquinho estranho, ultrapassado, a não ser que o propósito fosse a mãe explicar para a tia alguma receita de conserva, picles, essas coisas. Veio o Facebook com o Like, e o “curtir” voltou em nossas conversas informais do dia a dia.

Para as marcas, o curtir em suas fanpages e posts é muito bom, check-ins e follows em outras redes, idem, mas trazer esta experiência para o mundo real é melhor ainda, tanto para elas mesmas quanto para os consumidores.

Um exemplo legal foi o que algumas montadoras levaram para os salões do automóvel em todo o mundo em 2011 e 2012. Os visitantes podiam visitar os diversos stands das montadoras para conferir os belíssimos automóveis, tendo gostado de algum modelo específico, eles poderiam ir a um totem na própria stand, e, através de um cartão RFID, eles permitiriam a postagem em sua timeline do modelo que gostaram e compartilharam a experiência. O que é ótimo para a marca, principalmente quando estamos falando de lançamento de produtos.

Geolocalização e produção de códigos específicos em materiais do dia a dia são elementos para bons exemplos do que podemos ter como experiências na mistura dos mundos virtuais e reais, sendo possível há algum tempo. Talvez uma boa explicação seja aplicativos que você pode baixar em seu dispositivo móvel que por geolocalização (associado a um Foursquare, por exemplo) e o auxílio de sua câmera, você poderá apontar para algumas direções, por exemplo, numa rua comercial e pela tela, você poderá ver os diversos restaurantes já cadastrados no Foursquare, e clicando nos ícones, também poderá ver as ofertas, telefone, detalhes, opiniões de outros clientes. Claro que a maior intenção das marcas é que você divulgue sua boa experiência ou sua aprovação por ela, então você sempre terá os botões para curtir, compartilhar, tuitar… e assim o ciclo continua.

Eu sinceramente não acredito que precisamos ainda buscar a interação do mundo virtual com o real, porque ele já acontece, das formas mais simples que você possa imaginar, um tweet pode ser irrelevante, mas ele pode ter um efeito avassalador como fazer uma pessoa não ser considerada para a entrevista final de uma vaga em uma grande empresa ou então, por que não, iniciar um belo relacionamento amoroso. Tudo muito parecido com um efeito borboleta.