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Ainda há simplicidade

Às vezes, a publicidade se entusiasma e faz o oba-oba crescer com confetes, rojões e efeitos. Histórias, textos e roteiros são feitos, refeitos, engomados, levando mais uma “calda de chocolate suíço” de técnicas de design que permitem uma plástica bonita, legal, mas que vai passar na frente do consumidor e receber o desinteresse do mesmo como algo comum, como mais um comercial apenas.

Mas ainda há vida e formas diferentes de abordagem, até mesmo em comerciais de varejo. Nem sempre a exibição de preços compromete a inteligência por trás de um roteiro. E se estamos cansados de festas e efeitos, procuramos algo simples, direto e objetivo, mas que também não seja espartano, como foram os comerciais da Applebee´s.

inutilia truncat

Agora não me lembro mais se comentei isso neste blog… posso já ter feito isso, mas se já fiz, vale a pena repostar.

Inutilia truncat é aquela expressãozinha que ouvi pela primeira vez no colegial, na voz do meu professor de Literatura Portuguesa. Significa basicamente “livre-se do supérfluo”.
Obviamente, isto não serve apenas para lembrar quando se está fazendo aquela faxina nas gavetas, mas principalmente na maior parte do seu dia-a-dia, vai desde a época de escola, faculdade, valendo também para família e trabalho. Te garanto que tudo fica mais light.

Vira e mexe, eu ouço “é, é complicado”. Essa é a terminação preferida de quem já sabe a resposta para o problema mas como envolve problemas sociais no momento em que está falando, seja pela presença de pessoas, seja pela própria presença, a pessoa não pode falar algo tão direto, que por uma educação trágica da nossa sociedade de aparências e contatos, acaba falando “é, bom, é complicado”.

“NÃO É COMPLICADO. NÃO PRECISA SER”.

Se você realmente precisa dizer algo (mas aquele algo tem que gerar um progresso ou um benefício), diga. Porque no final, quem sofre, no mínimo, é você. Stress, insônia, raiva, angústia, câncer, frustração… entendeu? Só gera coisa ruim.

Não deixe que besteiras ou pessoas “encostos”, “parasitas” fiquem no seu caminho. Pense, veja realmente se aquilo ou alguém vai fazer um bem maior… caso contrário, inutilia truncat.

De forma alguma, estou dizendo para ser curto e grosso ou não consumir mais nada. O respeito prevalece, se houver a necessidade de falar alto para dar um “shut” na pessoa, fale algo para deixar a pessoa sem rumo e ponto final. Se vc realmente precisar comprar algo, gastar ou armazenar, faça com senso e sem dramas.

Cerque-se de pessoas competentes, interessadas e respeitosas. Compre ou conserve o que realmente vai lhe fazer bem.

É simples, sim. Pode tentar, faz muito bem.