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Campus Party 2011

Eu na Campus Party 2011

Ok, 4 ou mais apagões, fila para tudo, muito calor e muita chuva. Em termos de lições para o próximo ano, os organizadores já têm o que resolver.

Vou dizer que o conteúdo deste ano em vários palcos foram interessantes, mas NEM tudo foi novidade. Não estou subestimando os assuntos (jamais!), mas se no ano passado tivemos descobertas ou coisas novas a contar através de nossas contas no Twitter e blogs, neste ano, senti que o que realmente houve foi o aprofundamento técnico ou conceitual naqueles tópicos que foram chamados de tendências no ano passado.

Praticamente quase todos palcos abordaram a questão mobile, as próprias stands tinham algumas de suas mecânicas para ganhar brindes através do dispositivo. Tivemos oficinas e palestras sobre geolocalização, apps e desenvolvimento para dispositivos móveis, incluindo até plano de negócios para os mesmos.

Debate Geolocalização - Campus Party 2011

Como já sabemos, o ano será das tablets. Não, não foi ano passado pois eram poucos que as possuíam, portanto neste ano, como estamos vendo mais modelos à venda e uma variedade um pouquinho maior de preços e possibilidades, as pessoas poderão adquirí-las para que a troca de experiência, opiniões e informações seja maior, e as ideias para desenvolvimento de aplicativos, melhor exploradas.

Al Gore

Ben Hammersley (Wired UK, Campus Party USA), Al Gore (vice-presidente dos EUA), Tim Berners-Lee (pai da WWW), Steve Wozniak (co-fundador da Apple), Michael Comberiate (NASA), Jon “Maddog” Hall (Linux), Kul Wadhwa (Wikimedia – Wikipedia) e outros convidados internacionais subiram ao palco para contar histórias, experiências, darem suas opiniões, mas ainda assim, foram unânimes em dizer que os campuseiros ali presentes, assim como muitos brasileiros são tão bons e tão capazes quanto os profissionais internacionais de suas mesmas áreas. O próprio engenheiro da NASA, Michael Comberiate disse que tinha brasileiros em sua equipe e gostaria que tivesse mais, incentivando os presentes a enviarem seus projetos e currículos para a organização.

Ben Hammersley na Campus Party 2011

Campus Verde, Campus Futuro, Palco Astronomia e Espaço, embora estivessem ganhando aos poucos as visitas dos campuseiros durante a semana, apresentaram temas e oficinas extremamente interessantes (Realidade Diminuída – que também foi apresentada pelo alemão Jan Herling num dos palcos de Criatividade -, biocombustíveis, alimentos vivos, astronomia pela visão dos índios, desenvolvimento de foguetes entre outros).

Constelações vistas pelos índios brasileiros

No palco de Software Livre, tivemos muito a união com redes sociais, principalmente com as oficinas de desenvolvimento das mesmas com programação aberta, até mesmo foi mencionado o #dilmanarede, criado durante campanha presidencial, utilizando o Noosfero.

#dilmanarede no palco Software Livre

Falou em simuladores, o que vem logo em nossas cabeças é o Flight Simulator. Dito e feito, maior parte dos simuladores foram de aviões (de caça, comerciais, helicópteros). Obviamente, não só o próprio Flight Simulator, mas também projetos semelhantes, como o FA18 Korea Tour.

FA18 Korea Tour

Voltando a falar de dispositivos móveis, o projeto vencedor do Campuseiros Inventam foi o Mobiclub, idealizado por campuseiros do Recife, que basicamente propõe o pagamento de contas em bares, restaurantes e baladas através do celular, sem pegar filas. Yep, 100 mil pilas aos vencedores e muitas outras vantagens, incluindo a visita a 5 Campus Parties pelo mundo.
Hmmm, o conceito em si, na minha opinião, não é original, mas é possível que tenha sido a ideia mais viável e mais estruturada entre outros projetos apresentados.

Ahhh, no meio de tanta informação, as pessoas também puderam relaxar e se divertir observando e tirando fotos dos modelos mais exóticos em Modding, testando simuladores, aproveitando os diversos pontos para jogar Kinect e Guitar Hero, fazer seu networking, socializar… até mesmo pedir em casamento sobre um palco.

Chucky em destaque com desenvolvedores em Modding

Kinect para se divertir

Estão dizendo em uma possível Campus Party 2012 no Amazonas ou no Rio… sinceramente, espero que seja sempre em SP.

Para ver algumas fotos que tirei durante a semana de Campus Party 2011, clique no endereço abaixo:

http://www.flickr.com/photos/marinatm/sets/72157625743719309/

InterCon 2009

Intercon 2009

Intercon 2009

A InterCon 2009 aconteceu no Hotel Renaissance, que ofereceu excelente infra-estrutura a todas as pessoas.

Tivemos 3 ambientes (Criação e Inovação, Business e Tecnologia). Todas com palestras e painéis acontecendo ao mesmo tempo, então você poderia escolher as que tivesse mais interesse, com livre acesso a cada uma em qualquer momento. Devo admitir que fiquei um pouco desesperada pois tinha momentos em que gostaria de estar em 3 ou 2 salas ao mesmo tempo, pela programação, mesmo acompanhando pelo livestream do BlogBlogs (http://live.blogblogs.com.br/intercon2009).

O pessoal da Colméia fez bonito no espaço Criação e Inovação, defenderam que ideia é como mato, se não espalhar, morre. Todo o contexto de open source, de dar créditos, de ter participação no conteúdo e no desenvolvimento… a pluralidade de tarefas, vamos dizer assim, foram bem defendidos na arena, mencionando até que as startups que tiveram sucesso, tinham um objetivo com conteúdo participativo. Falaram também (para a mega confirmação de todos nós que estamos ou já passamos por desenvolvimento de projetos web) que não há como ter rigidez em entrega definitiva… é sempre beta, pode sempre mudar e sempre vai mudar (“cultura do beta é chave”).

Leonardo Dias (Taxi.Labs) em seguida,  que mostrou o projeto sensacional desenvolvido para o filme Transformers II, com um jogo controlado por voz (telefone) (apenas para os americanos, ok? Mas mesmo assim, muito legal). E logo então, presença honrosa do Fábio Sasso (do Abduzeedo), que confessou começar a utilizar e deixar tudo registrado e armazenado na Internet após ter seu escritório rapado completamente após sair para um almoço. A curadoria desses e outros no ambiente Criação e Inovação, até o horário do almoço, foi de Raphael Vasconcellos, explêndido.

Enquanto isso, Gil Giardelli, curador das palestras da manhã no ambiente Business, dava aquele seu toque pessoal durante as apresentações sobre Mídias Sociais, sociedade e comportamento digital. Cheguei no ambiente a tempo de ver a Suzana Apelbaum com alguns cases e discursando sobre o pró e contra de ter tanta informação divulgada, exposição, etc. Deu um exemplo legal do twitter do @shitmydadsays (que é muito engraçado).
Ainda neste ambiente, quando finalmente Cazé Peçanha (MTV e criador do Gengibre) subiu ao palco, ele teve que se desculpar por estar com a garganta ruim e a voz praticamente sumida. Pensei que fosse algo um tanto para promover o Gengibre (cujo slogan é: “para aliviar a garganta”) que então teria sua palestra no próprio Gengibre, mas não foi isso o que aconteceu… até porque ele comenta (http://bit.ly/OpA4S).

Após o horário do almoço, fui lá conferir os convidados do Manoel Lemos, no ambiente Business.
Tiago Peixoto falou muito bem sobre a abertura de dados e transparência na Internet com dados relevantes, na Economia, na Política… Por exemplo, o site http://recovery.org que mostra o governo dos EUA exibindo ao público onde, quanto e como o dinheiro público está sendo gasto em todo o país. http://fixmystreet.co.uk – site inglês em que o público coloca suas reclamações sobre o que está quebrado em suas ruas, exibindo até classificação se a sua rua foi deixada de lado, por qto tempo… cutucando autoridades mesmo. E http://www.ushahidi.com (do Kenya) em que o que começou como algo para utilidade pública (uma rede social para alertas de segurança nas ruas), agora está tomando rumos maiores, sobre política, etc. Nosso governo brasileiro ainda está longe disso, mas tem uma iniciativa bem bacana que dá pra acompanharmos em terras brazucas: http://bit.ly/meuparlamento (vc consegue verificar quem votou o quê…). É bem interessante.

Seguindo a apresentação, tivemos Juliano Spyer para falar sobre “o futuro do livro”. Defendeu a ideia de que o livro não morreu e não morrerá, ele apenas está se moldando ao formato digital, porque agora temos o Google Books, Kindle. Comentou que agora temos muito mais autores do que um tempo atrás. Gira tudo em torno da facilidade de escrevermos e publicarmos, temos muito mais estímulos.
Lembra do manual do Twiter que ele fez? Teve um dia em que chegou a 15.000 downloads em menos de 10 dias.
Ele falou sobre algo legal também de que com os meios digitais, você pode por exemplo ler um conto que menciona um lugar que existe, e pode acessar sobre este lugar (esse palco na vida real), interessando até ao mercado de turismo, tudo através de mashups.

Ainda sob curadoria de Manoel Lemos, tivemos Beatriz Leão que palestrou e mostrou vídeos interessantes sobre o uso de mídias digitais para a saúde e Medicina. Pelo filme, eu não tinha ideia de que havia tantas redes sociais apenas sobre isso. Que máximo!

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=B7ZrWSmQxcU]

Ela deu o exemplo de http://www.patientslikeme.com/ que é extraordinário. As pessoas ou os e-patients já é uma realidade. Medicina, pacientes, educação sobre saúde, cuidados e tecnologia na informação estão caminhando juntos. As redes sociais têm uma excelentíssima participação no progresso disso.

A última palestra até o horário em que consegui ficar foi a do Mugnaini (da AlmapBBDO), ele falou sobre Luddites na Indústria da Comunicação – Resistência das pessoas às novas tecnologias. (*luddites = movimento social formado por artesãos têxteis do início do séc. XIX que protestavam contra o avanço do uso de máquinas na produção da Era Industrial, geralmente sentiam seus empregos ou estilo de vida ameaçados – ou seja, contra o progresso). Disse que luddites ainda existem em todas as partes, em várias pessoas de diversas áreas profissionais, inclusive na área de comunicação e propaganda. (verdade verdadeira… e cá pra nós, todos conhecemos alguns). Comentou também sobre a curva da vida de cada recurso tecnológico que criamos, muito interessante mesmo.

Espero que na InterCon 2010, eu consiga assistir a todas que eu me programar. Perdi umas boas hoje.