Archive for advertising/mkt

Agência & Empresa


bannon-morrissy-RmMZUh0Q4MA-unsplash (1)Quem acaba se formando em Marketing, Comunicação/ Propaganda, acaba pensando em seguir um ou outro caminho, trabalhar em agência ou em uma empresa, ONG etc, sendo seu próprio negócio ou não. O “pensar” ou “decidir” é algo muito fácil, mas eu acho que hoje em dia, as pessoas não estão tão ingênuas assim. Acredito que todas sabem que muitas coisas ocorrem no meio do caminho, e que elas podem ou precisam mudar o rumo e seguir caminhos diversos, não só por coisas que ocorrem em suas vidas, mas no mundo também.

Diversas vezes ao longo dos anos, eu fazia, e ainda faço, um comparativo mental sobre você ser um profissional de marketing em uma empresa (que não seja de comunicação) e um profissional em uma agência de propaganda. Eu já passei pelos dois mundos e posso dizer que fui sortuda por isso.

Estes mundos são bem distintos, mas eu posso dizer que eles são fundamentais na sua trajetória para você ter a felicidade de poder compreender “o todo” deste sistema, o que facilita sua forma de entender as pessoas.

É engraçado você ser um generalista e um “especialista” ao mesmo tempo, trabalhando em uma agência ou em uma empresa, porém em coisas distintas.


Quando você trabalha em uma agência, você é um “especialista” naquela função, ou seja, você tem as pessoas da produção, da mídia, do planejamento, da redação, da revisão, da direção de arte, da finalização, da prospecção/ novos negócios, do atendimento/ gerentes de contas, RTV junto com algum estúdio, entre outros. No entanto, você é um generalista pois você vai lidar com inúmeros clientes, que representam vários mercados, de produtos/ serviços diversos, porte e tempo de vida. No mesmo dia, você para para analisar e pensar nas pessoas que visitam os shopping centers, depois em uma concessionária de carros, depois em uma rede que oferece comidas saudáveis, logo em seguida, em diferentes formas de consumir espumantes por causa de um cliente que tem este tipo de produto, vai para casa pensando nos lugares mais bonitos para onde os clientes do seu cliente podem viajar, entre outros.

E se você refletir, isso é algo muito bom. Não são todos que têm o privilégio de poder conhecer e se envolver em tantos mercados diferentes ao mesmo tempo. É muita coisa muito diferente para aprender. E é necessário que você nem enxergue isso como pressão, mas que você tenha aquele prazer natural de abrir absurdamente seus horizontes para poder dar o seu melhor. 

Por outro lado, você é um “especialista” na empresa, pois você precisa e busca ter conhecimento sobre aqueles produtos, aqueles serviços, aquela empresa, sobre aquele mercado. E você é o generalista pois, em muitos casos, você vai unir todas aquelas funções de todas aquelas pessoas da agência em você mesmo e em algumas outras pessoas. E, por mais que você conte com uma agência contratada, você jamais deveria “largar as coisas nas mãos deles” sem ter o conhecimento de como é todo o processo lá dentro. Como já disse, eles não têm só você no mundo deles, uma ou outra coisa se perde, não é de propósito, mas pode acontecer, e pode ser por culpa sua também de não ter passado informações e dados o suficiente para que a agência pudesse ter melhor compreensão sobre a empresa, o produto ou algo específico.

Vou exemplificar em uma das tarefas muito importantes do dia a dia, seja em empresa ou agência, que é uma parte do processo de configuração de campanha em Google Ads. Na empresa, você conhece bem o produto ou o objeto da campanha, e inicia a sua lista de keywords para colocar no keyword planner e sentir a temperatura de como elas possivelmente se comportariam nos resultados de buscas. Só nesta parte do processo, vou te dizer que a pessoa da empresa tem uma vantagem enorme sobre a pessoa de mídia da agência (que provavelmente vai ficar encarregada desta tarefa). Não creio que precisarei explicar o porquê, mas explicando… o conhecimento e até mesmo o feeling sobre o que os clientes/ consumidores daquele produto pensam estão muito mais próximos do profissional da empresa do que do da agência.

Há muitas outras coisas que poderia exemplificar, pendendo a balança para um lado ou para o outro, mas o que eu quis passar aqui é que se você tiver a oportunidade de passar por estes dois mundos, agarre-a, mesmo que você precise colocar algumas coisas de lado ou postergar. Eu acredito que vale a pena pois a experiência e a compreensão que você acaba tendo deste mundo são fantásticas.

Campanha – Dove Retratos da Real Beleza

face-2269319_1920Um dos grandes dramas e problemas com que nos deparamos atualmente é a imagem e consciência que as mulheres têm de si mesmas quando falamos de estética. Com o bombardeio da mídia usando mulheres com um conceito estereotipado de beleza e uma cobrança muito alta que as mulheres, em geral, desenvolvem em suas cabeças sobre si mesmas, é gerada uma frustração muito intensa e cada vez mais, elas se enxergam com uma aparência negativamente deturpada da real.

Mas como trabalhar para mudar e reverter este pensamento? Como mostrar que a impressão delas podem sempre sofrer com uma carga de pessimismo e frustrações, e acabar mudando a noção real sobre si mesmas?

A marca Dove, da Unilever, foi uma das marcas pioneiras de cosméticos e higiene pessoal a trabalhar contra os estereótipos de beleza que a indústria e a sociedade sempre impuseram no mundo, através de suas campanhas globais para celebrar a beleza real das mulheres.

Dove-real-beauty

Uma de suas campanhas globais tinha o objetivo de levar esta informação ao público, focando na mensagem de que as mulheres são mais bonitas do que elas realmente acham, e que é perfeitamente possível se sentirem bem consigo mesmas.

A estratégia foi contratar um desenhista forense muito experiente, chamar algumas mulheres e permitir que elas se descrevessem fisicamente, sem que o desenhista as visse. Elas simplesmente entravam na mesma sala que ele, se descreviam e iam embora.

Em um segundo momento, pediam para que estas mulheres conversassem e fizessem amizade com umas outras pessoas. Estas eram chamadas para descreverem aquelas primeiras que foram desenhadas para que o desenhista fizesse um retrato falado sobre as descrições.

No final de todo o processo, colocaram lado-a-lado um retrato ao lado do outro que pertenciam à mesma pessoa. Chamaram estas pessoas para verem como elas se descreviam e como era a impressão sobre elas por outras pessoas. Os resultados surpreendiam muito e ficou nítido que as mulheres desenhadas se subestimavam muito, que elas eram muito mais alegres e bonitas do que imaginavam.

face-2269319_1920

Esta campanha conseguiu mostrar e levar a consciência a todo o público atingido de que há uma cobrança muito grande por parte das mulheres, não só pelos papéis desempenhados no dia-a-dia, mas também sobre sua aparência física, e que a frustração, na maior parte das vezes, sempre sobrepôs suas reais imagens, ou seja, quem elas realmente eram.

Tratou-se de uma campanha trabalhada em alguns países, mas através da Internet, por meio de vídeos, hotsites, propaganda e mídias sociais, a campanha atingiu muitos outros países, mostrando esta face universal da mulher.

Is Your Niche Boring? Here’s How Content Marketing Can Still Work For You

Very interesting article written by Wes McDowell on Jan 10th, 2017, published on Small Business Trends.
Link: http://smallbiztrends.com/2017/01/content-marketing-for-boring-industries.html

Imagem: https://smallbiztrends.com/2017/01/content-marketing-for-boring-industries.html



Let’s face it, not every business niche is sexy. Just because what you do doesn’t make for interesting cocktail party banter doesn’t mean you have to give up on the idea of content marketing. You just have to be smart about it.

A wise editor once told me there are no boring topics, only boring writers. I suspect many people would be interested in learning more about what you do, the services you offer and the benefits you provide to clients or customers.

Content Marketing for boring industries

Getting ideas

For starters, imagine that you’re at a conference with other people in your profession. I’m sure you have interesting conversations.

  • What are the latest developments in your industry that get you excited?
  • What are the challenges you face?

The business of website development, or marketing, or writing is not that exciting to most people, but get a bunch of folks involved in those professions together and I guarantee you they’ll get excited talking to each other. I suspect it’s the same in your industry.

The trick is to package that excitement in an article that talks about what you care about, why it matters, and how it benefits people. The benefit might be to an individual or society in general.

 

Education

What are some things that someone in your profession knows that would help others if they knew, too? Remember, people are selfish. They want to know what’s in it for them.

And there’s a reason we say knowledge is power. People in technical professions know stuff that the rest of us don’t. Content marketing is a great business-building tool for people like you because you have an opportunity to educate and impress at the same time. You share your knowledge and reap the reward of being perceived as an authority.

That’s something marketers have learned from psychologists — people listen to those they perceive to have authority.

 

Self Protection

What sort of things about your profession might people find engaging?

To help answer that question, I reviewed some of the other psychological motivators that marketers use. The desire to avoid loss motivates many people.

Is there something that you or your business do that protects people from loss? The loss could be financial or material, or perhaps a health risk or even a risk to life. People fear loss and an article that shows how your product or service protects them from it in some way will get high readership.

 

Problem Solving

The point of content marketing is to build your business by providing valuable information to an audience made up of prospects for your products or services. You establish yourself as a knowledgeable expert, and when they need what you offer, your name comes to mind.

What is it you have done to help people solve their problems?

Think of your very best customer, as an example. How have your products or services helped this customer?

Your prospects are people like your best customer. Depending on the nature of your business, they may not be exactly like your other customers, but they are likely to have one thing in common — a problem that you solve for them.

People want their problems solved. Tell me a story about how you solved a problem for someone like me and I’ll be interested!

 

Audience Development

So, you’re getting the idea that you do have a story but wondering where you would publish articles about your business, right?

Here are some ways you can use content:

  • A blog tied to your website is a good first step. Consistency is important with content management, so plan to post on a regular basis.
  • You can use Facebook or other social media to drive traffic to your blog post. You might even use Facebook advertising to extend the reach and hopefully build traffic on both your page and your website.
  • Getting others to share links to your blog post on their websites is another way to reach a larger audience.
  • Your could combine blog post with other material to create an email newsletter.

The important thing is to focus on getting your articles in front of as many potential customers as possible on a regular basis.

O segredo está no coração

photo source: WikipediaPense na pessoa ou nas pessoas que você mais ama hoje.

Agora diga quantas marcas/produtos/serviços você absorveu para sua vida por causa destas pessoas, por elas consumirem mesmo.

Tem pessoas que conseguem citar várias marcas, tem outras que não conseguem lembrar de uma. Claro que tudo depende da(s) pessoa(s) selecionada(s) e da relação que possuem. Mas chega a ser impressionante, simples e “osmótico” como absorvemos tudo isso.

O que quero dizer é que infelizmente muitas (não todas) agências de propaganda estão ainda pensando de forma muito tradicional. Apegar-se a formatos e meios de forma que inconscientemente você se vê preso em uma máquina, em um processo e que gera a rotina, torna tudo muito seguro, porém bem ineficiente. Não me refiro a estar preso a meios tradicionais como TV, jornais e revistas, estou falando também de estar preso ao mobile, merchandising…
É muito mais eficiente entender que as pessoas podem até ser bombardeadas por milhões de mensagens diariamente, mas são suas impressões e sensações que captam de pessoas mais íntimas que marcarão de forma mais intensa.

Não generalize de forma a pensar que uma pessoa não filtraria tais informações antes de absorvê-las para suas vidas, para seu dia-a-dia. Mas elas prestarão mais atenção do que todo aquele esforço investido na comunicação das empresas e agências.

Citarei um exemplo meu: estou namorando há pouco mais de 1 ano um rapaz que até então sobrevivia com algum plano da TIM em seu celular. Até que ele se interessou pelos planos da Nextel. Não nego, são planos que parecem ser bem melhores do que de qualquer outra operadora. Claro que Nextel e a adoção do plano foi algo que chegamos a conversar bastante em nossos encontros e trocas de mensagens. Fiquei e às vezes fico tentada a talvez sair de uma Vivo e testar um dos planos da Nextel, mas ainda há algumas coisas que não me convenceram de vez. O fato é que lojas, quiosques, anúncios, cartazes, banners, etc não conseguiram me chamar atenção de forma alguma. “Ah, mas é que você não está querendo trocar de operadora!”. Ah, eu gostaria sim, os preços da Vivo me incomodam muito, mas até aí foi necessário eu notar isso de alguém próximo e que tenho afeto para realmente ver o que a marca estava oferecendo… para vê-la no meio da multidão.

O segredo de conseguir atingir as pessoas de forma super intensa e rápida como esta, apresenta um nível de intangibilidade e vulnerabilidade tão altos que se torna tão difícil e complexo atingir o sucesso, mas ao mesmo tempo tão simples que não impossibilita nem mesmo o menor e mais simples dos produtos de reinarem nesta posição.

Uma questão de disciplina

“Gente, estamos numa agência de propaganda. Que regras são essas?” – Foi o que mais ouvi nos anos de trampo em agências. Obviamente tudo em salas de reuniões onde alguma discussão do ambiente de trabalho era colocada na mesa… e provavelmente, sem a presença dos diretores.

Sim, você também já ouviu ou provavelmente também já disse isso.

Várias foram as reclamações ou críticas em relação ao que tais ambientes permitiam ou não. Oras, estes funcionários, homens e mulheres, geralmente abaixo dos 30 anos de idade não se conformavam como tais liberdades não eram possíveis dentro de agências de propaganda, lugares em que a criatividade e o “fazer o diferente” eram alguns dos elementos da base do negócio.

Temos uma crise quando há o desencontro de 3 pontos:

Ponto 1: A agência é uma empresa como várias outras que existem pois precisa investir pesado para conseguir gerar capital, gerar receita, precisa dar conta de custos e despesas. Seu investimento em pessoas e recursos precisa ser bom pois a agência vende serviço e este é pensado e criado pelas mentes ali presentes. A agência tem que fazer com que seus clientes obtenham lucro por terem acreditado e confiado em seu serviço. O seu lucro vem de toda uma boa administração de vários fatores como esses citados.

Ponto 2: A criatividade e a oferta de algo diferente e eficiente não virão de um sistema de formigas operárias. Estes elementos vêm do conjunto do repertório de cada pessoa, do poder de associação de ideias, de muita observação, pesquisa, análise, da troca de informações, seja em reuniões ou brainstorms internos e de conversas com os clientes e os consumidores. Estes mesmos elementos também vêm de inspiração e de experiências diferentes no dia a dia que passam para o tal repertório.

Ponto 3: A tal máquina pensante, que é o funcionário/colaborador, é capaz das coisas mais inimagináveis e incríveis neste mundo porque ele pode ser imprevisível a qualquer momento… para o bem ou para o mal. É dele que virá o sucesso, o fracasso ou a estagnação dos negócios da agência. Esta pessoa quer ser feliz, e independente do que seja o significado de felicidade para cada um, ela, por estar dentro de uma empresa, tem direitos e deveres dentro desta, assim como ela também tem outros direitos e deveres em sua vida não-profissional.

Exatamente! O desequilíbrio destes 3 pontos começa a trazer lenha para uma possível fogueira bem difícil de ser apagada.

Para facilitar o que quero expressar, vou citar abaixo algumas opiniões/críticas e então meu ponto de vista:

– “Aqui é uma agência! Todos deveriam chegar qualquer hora ou que pelo menos não precisasse chegar tal horário”.

Se o combinado na entrevista final e no contrato foi que você deveria entrar tal horário, então você DEVE entrar neste tal horário. Se você mora longe ou até em outro planeta, você precisa respeitar esta regra que você aceitou.

Trabalhei com uma garota que sabia que tinha que chegar às 9h, creio que com algumas semanas de trabalho, ela começou a chegar 9h30, 10h… Foi chamada, recebeu advertência e continuou a chegar muito tarde. Desculpas como morar longe e que na agência anterior as pessoas podiam chegar em outros horários eram suas justificativas. Nope, nope, nope, querida!

Claro que existem diversas agências que oferecem tal liberdade na flexibilidade em relação aos horários, aí tudo bem, mas se este não é o caso, é melhor você respeitar as regras.

– “Parece que eles ficam contando quantos minutos fico tomando café! Que absurdo!”

Pois é, fumar seu cigarrinho, tomar seu cafezinho, dar aquele break durante o dia de trabalho, eu acho necessário. Dar aquela respirada, aquela espairada faz muito bem. E nesses momentos você acaba conhecendo pessoas que mal encontra dentro da agência e trocando informações que até podem gerar ideias ou ajudá-lo em algo. Mas olha só, se você realmente só vai fazer seu break diário, vale a pena não forçar a barra indo toda hora ou fazendo um horário de “segundo almoço”.

No entanto, há situações um pouco diferentes como fazer sua mini-reunião ou um brainstorm dentro da copa ou num jardinzinho, tomando um café ou fumando um cigarro. Oras, você está produzindo, trabalhando, mas algumas pessoas (geralmente aquelas que estão “de olho”) não estão cientes de que aquilo é trabalho. Nesta situação eu acho que a “pessoa que tudo vê” precisa saber e se lembrar que está dentro de uma agência de propaganda/comunicação e que existe tal possibilidade.

Vale também lembrar que não é porque a pessoa está sentada em seu lugar na mesa que ela está produzindo.

– “Meu, esse pessoal (diretor, sócios, etc) age como se aqui fosse um escritório de contabilidade”

Aqui vale perder um tempo ouvindo exatamente o que vem depois disso, pois dependendo do que vier, não se esqueça que você topou trabalhar neste lugar sob x regras.

Procure outro lugar que tenha as regras com as quais você se identifica.

Se os argumentos forem construtivos para o desenvolvimento e melhor desempenho da agência, vale a pena levá-los a outros departamentos e à diretoria para uma discussão.

– “Não me deixam acessar o Facebook. Como pode?”

Ih, já estive em várias discussões como esta. Defendo a ideia de que o acesso total à web precisa estar liberado a todos os funcionários da agência. Se notam que o funcionário está usando mídias sociais, pesquisas na web, entre outros apenas por lazer, chegando a atrapalhar o ritmo de trabalho, o problema não é da mídia social, não é da liberação desta para todos os funcionários, mas de conduta do funcionário. Cabe ao RH e supervisores/diretoria tratar o assunto o mais rápido possível.

Existem várias outras situações, mas creio que estas foram as mais comuns que ouvi.

O que todas as pessoas que trabalham nestas agências, independente do cargo, deveriam levar em consideração é o bom senso e o debate inteligente sobre mudanças e melhoria contínua do geral. Não vejo necessidade em ser totalmente 8 ou 80, até porque não seria saudável para qualquer empresa.

Quais críticas você já teve ou tem em relação ao comportamento ou disciplina dentro de uma agência de propaganda?

O bom atendimento ou a morte

costumersEu acredito que uma marca ou empresa ganham mercado por “n” fatores, mas os dois principais são: qualidade do produto/serviço e atendimento.

Quando você tem um produto puramente eficiente e um pré e pós-atendimento tão excelentes quanto, você tem uma promessa soberana de mercado, onde o preço será justo independente do valor numérico.

Quanto à qualidade do produto, que passa pelas variáveis dos processos de fabricação, treinamento, disciplina, precisão, fator humano, qualidade das máquinas, tecnologia empregada, entre outros, é algo que não vou entrar em detalhes neste artigo.

Quero falar em relação ao atendimento e vou focar no atendimento ao cliente final, servir ao público.

Não é espetacular quando achamos ou somos abordados por alguma forma de comunicação onde encontramos a possível solução para algum problema ou necessidade que temos e toda forma de informação que nos é oferecida esclarece e nos deixa totalmente seguros a ponto de confiarmos para uma compra dessa solução? Não é o máximo quando o atendimento feito antes, durante e até mesmo depois da compra o deixa tão satisfeito e contente ao ponto de sugerirmos e indicá-los a outras pessoas próximas que também buscam a mesma solução? Você consegue falar rapidamente 10 marcas que conseguem trazer isso ao seu dia a dia? Tirando profissionais da saúde (meus médicos atuais) e ignorando ainda o fato do preço das consultas deles (já que alguns são particulares), eu não consigo enumerar essas 10. Não consigo.

Se alguma marca tem uma ótima forma de comunicação e atendimento para abordá-lo e conseguir trazê-lo até a decisão de compra, provavelmente ela vai pecar no pós-atendimento, ou vice-versa, porém o inverso da primeira pode ser um pouco mais difícil já que o mal pré-atendimento muitas vezes não leva à decisão de compra, a não ser que seja a única oferta possível para uma solução.

Por que, meu deus, é tão difícil fazer algo “simples” funcionar?

Falta de planejamento estrutural e de direcionamento é o que faz as empresas crescerem e terem fome cada vez mais de gerar receita, sem no entanto olharem para este pequeno detalhe que é o de entregar o básico para a qualidade do produto e de sua marca, o atendimento bem feito, o atendimento eficiente que não só faz o básico, mas que também surpreende e assim, cativa o consumidor.

Seja uma micro, nano-empresa de doces caseiros até gigantescas corporações, se elas não cuidam do atendimento, do cuidado com seus clientes e consumidores, de deixá-los sempre satisfeitos (para as mais diversas adversidades que possam surgir), eles podem ter sempre ideias inovadoras, soluções absolutamente eficientes, entre outras coisas, no entanto elas seguirão o destino final da queda comum que segue aquela famosa curva de vida de uma marca.

Não é difícil de compreender. Não deveria existir troféus para empresas que melhor atendem, aliás, o que é isso? “Aqui está o troféu para o peixe que respira melhor!”. “Aqui está o troféu para o exército que melhor defende seu país!”. Que absurdo!

O bom atendimento é uma obrigação de qualquer negócio.

 

Levamos a imagem a sério?

Levamos a imagem a sério?Milhões, bilhões de dólares são destinados ao mercado para que outros zilhões de profissionais trabalhem, se preocupem e transpirem para que a imagem da marca de produtos e serviços seja boa. Todo esse esforço precisa gerar um retorno positivo quanto à percepção do público sobre as marcas, que, consequentemente, precisam inspirar confiança para aumentar a atração do consumidor, que colabora então para o incremento financeiro das empresas. Sempre foi assim e continua sendo, mas há variações geradas pelo comportamento humano que driblam a lógica.

Uso de trabalho escravo na linha de produção de confecções para grandes marcas? Já vimos! Gerou polêmicas mas continuamos comprando e nos vestindo com os produtos das mesmas que receberam esse tipo de acusação. Escândalo sobre desvios gigantescos de capital envolvendo inclusive delação de vários políticos (governadores, senadores, deputados…)? Estamos vendo! E nem por isso deixamos de usar seus produtos, abastecer nossos carros, torcer por esportistas patrocinados pela marca.

Por quê?
A atenção de grande parte da população está voltada para o que está um pouco mais próximo, o que está ao seu alcance no dia a dia. Não são muitos os que ligam seu consumo à outra ponta, que enxergam o que tal grão de arroz pode fazer para a balança virar.

Já pensei também que poderia ser a volatilidade extremamente alta da memória dos consumidores. Por exemplo: algum fato grave negativo ocorre com a empresa e, apesar disso, todos deixariam a notícia correr gerando indignação na população geral. Pouco tempo depois, a maioria deixaria para trás e continuaria a consumir seus produtos. As pessoas esquecem a notícia porque várias outras surgem logo em seguida.

Além dessas questões, pergunto: para que mesmo são investidas fortunas em imagem de marca? Fortalecer sua credibilidade seria uma das respostas. Entretanto, a mais óbvia está na necessidade de ganhar audiência (boa… ou má), mas se for para dispender montantes significativos, que seja no comportamento positivo por parte da empresa, claro.

Sendo ou não relevantes as questões polêmicas para você, a empresa, sendo bem ou mal falada, terá a marca — mesmo que negativamente — evidenciada. No entanto, algum nicho ela deverá atingir. Alguém no mundo vai colaborar para gerar a demanda de que a empresa precisa para se manter.

Portanto, a palavra-chave é, simplesmente, aparecer?

Seminovos

seminovos

Quem faz o quê?

linhaQual a linha que separa as funções do profissional de Marketing das empresas e as do planner de agências de comunicação?

Na faculdade, claro, é sempre aquela beleza de cada um no seu quadrado. Aprendemos conceitos e mais conceitos. Alguns professores destemidos chegam a citar que a coisa pode não ser bem assim no dia a dia.

No entanto, ao ingressar neste mercado de trabalho e acompanhando bem o dia a dia, percebemos que realmente há coisas bem distintas do que foi explicado em sala de aula, nos vídeos do YouTube ou nos livros.

Trabalhando no dia a dia do meio publicitário, percebemos que não há quadrado. Em algumas empresas clientes, acabamos por encontrar exemplos como profissionais de Marketing com muita responsabilidade nas costas pois eles não são mais aqueles profissionais que ficavam cuidando da aprovação da comunicação que a agência criava e apresentava, que apresentavam à alta diretoria suas decisões e que recebiam relatórios do departamento de vendas. Não, senhor. Com a pressão e competitividade tão forte que reina hoje, o que você mais encontra são profissionais de vendas, que tiveram formação ou passaram por longas experiências no “Marketing”. Enfim, eles têm um mundo nas costas para resolver… e são os primeiros a serem cortados numa “dor de barriga”. Que injustiça.

Nas agências, você tem os profissionais low profile, porém muito ativos, os planners. Não costumam ser numerosos como os executivos de contas, nem como os diretores de arte. Mas que há muito tempo não vêm cuidando apenas do planejamento de comunicação, não, senhor. Na pressão do mercado que as agências também sofrem, as funções dos planners abriram como um guarda-chuva. Estamos falando de praticamente ser um GP, planner, um decisor que vai dar, muitas vezes, a martelada final de todo o projeto pronto para a venda ao cliente. Ah, e mais um detalhe, como as agências pressionadas não podem se dar mais ao luxo de vender apenas comunicação, elas precisam vender soluções. Sim, não é mais uma questão de vender uma boa imagem, bom produto ou serviço a ser divulgado, agora as agências precisam salvar o cliente.

Mas esta não é uma função, algo interno que os profissionais do próprio cliente precisam resolver? Hmmmm, hoje, digo sim e não. Sim, porque é óbvio que uma pessoa vá fazer de tudo para salvar o próprio corpo, só ela mesma entenderia 100% do problema. E não, porque hoje estamos em tamanha sinergia que todo e qualquer fornecedor, prestador de serviço, voluntário ou colaborador é absolutamente influente no que pode ocorrer com uma empresa-cliente a curto, médio ou longo prazo.

Verdade seja dita, hoje os papéis se misturam e todos são co-responsáveis por tudo o que você vê, escuta e sente por aí. O mesmo ocorre na comunicação e no mundo corporativo. Alguns planners podem me apedrejar, alguns profissionais de Marketing podem me contradizer, mas a linha divisória de funções nunca existiu na realidade. Este “caos” foi necessário para manter o que chamamos de ordem.

Objetivo e precisão é tudo

Por anos tenho olhado inúmeros currículos, todos obviamente para trabalhar diretamente comigo.
Graças aos serviços como o trampos.co, você consegue receber vários currículos por hora, dependendo da vaga. No entanto, quanto mais currículos você recebe neste dia-a-dia corrido, menor o tempo para conseguir puxar e ver o que os candidatos têm a oferecer. Menor o tempo, maior a objetividade que estes arquivos e mensagens precisam ter.

É triste mas existem vários candidatos que realmente não se importam em escrever algo no corpo do e-mail, existem os que enviam para vários e-mails de outras agências, temos os que atiram para todos os lados, e alguns poucos que acham que estão falando com um de seus concorrentes, porém enviando para seu e-mail.

É muito ruim esta falta de noção dos candidatos, principalmente os mais novos (alguns, pelo menos). Em nosso meio (Comunicação), é muito comum recebermos currículos com os objetivos “trabalhar na área de Marketing/ Comunicação”. Isso é muito amplo, amplo demais. Embora seja um erro muito comum dos novatos, isso não o ajuda a “ser pego para o que tiver”, muito pelo contrário, sua única chance naquele lugar foi descartada.

Gostava de ver currículos objetivos, quero trabalhar nisso ou com isso, tenho experiência naquilo (experiência que interessava para aquela vaga, não a de padeiro, a de mágico, de curandeiro).

Não estou falando apenas dos novatos, todos somos candidatos, de alguma forma. Apenas acredito que para qualquer documento, trabalho ou algo que vá mostrar como você é e o que você faz, precisa ser objetivo, conciso e passar o que você gostaria de receber se estivesse do outro lado.