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5 lições de Fleabag para sua vida

fleabag

“Fleabag”, a série de 2 temporadas da Amazon traz alguns pontos que você deveria aplicar em sua vida:

  1. Esqueça os padrões: a protagonista vive a vida dela sem se preocupar em se adequar aos padrões da sociedade e de sua família. Certamente gastamos muito tempo e nos preocupamos à toa com isso.
  2. Siga seus instintos: Fleabag não vai sair na rua pelada do nada, mas se ela quer chegar em alguém e conversar, ela o faz. Se ela quer jogar uma para cima do padre, ela o faz. Se ela quer devolver uma à altura para o cara do banco, ela o faz também. Não digo que é para sair matando as pessoas que você odeia. O que quero dizer é que você pode colocar sua cabeça para pensar por alguns segundos sobre o porquê de você não gostar de alguma pessoa e então tentar resolver a parada numa conversa, caso a pessoa seja de alguma utilidade ainda.
  3. Foque no trabalho e esqueça os comentários alheios: A protagonista tem um café, que no começo não entrava uma alma, e depois parece ter conseguido vários clientes… porém nada disso importava para a família, que sempre a via como uma profissional falida ou nada importante. Você trabalha em algum lugar ou tem seu próprio negócio? Foque, trabalhe, estude e reflita para o mesmo, os comentários que os outros possam fazer sobre ele, e que você sente que não são lá tão felizes ou encorajadores, arraste-os para a lixeira da sua mente. Você sempre encontrará pessoas assim no caminho, independente do que você faça.
  4. Afaste-se de relacionamentos amorosos com pessoas problemáticas: Cada um que ela pegou, meu deus. Ok, era uma série, uma ficção, mas nada impossível na nossa vida real. Esta é meio difícil pois primeiro você precisa ver se você não é o problemático do negócio. Problemático não é ter um defeitinho ou outro, é realmente ser uma pessoa que possa causar prejuízo ou danos para você com o tempo. É que às vezes a gente entra num relacionamento e pensa “ah, ok, é um dos defeitos desta pessoa, eu também tenho uns, mas como gosto muito desta pessoa, as coisas boas até se sobressaem”. Só que quando notamos que o ser está nos levando para o buraco, seja mental, físico ou financeiro, aí tem que caminhar para o fim.
  5. Irmãos… teremos que conviver com eles: Fleabag tem uma irmã paranóica, insegura, ditadora e que quer dar pitacos na vida dos outros. Quem não tem irmão ou irmã assim é porque você é o próprio. Irmão é irmão. A gente se gosta, se respeita, mas com este tipinho explicado aqui, a convivência é foda… muito foda. Eu mesma tenho uma irmã que é bem parecida. No entanto, somos irmãs, e como já disse, a gente se gosta, nos preocupamos uma com a outra e nos respeitamos… até que a morte leve uma ou outra… ou ambas. Família é família.

Gestão do tempo na produção do seu texto

writingQuando estamos no trabalho, em alguns momentos, é muito fácil deixar nossos pensamentos divagarem para longe do que tínhamos que pensar ou raciocinar naquele momento. É muito fácil, por exemplo, irmos para muito longe na questão da criação de um texto e só voltar depois que minutos preciosos foram perdidos… e de repente, você nota que nem começou a palavra do primeiro parágrafo.

A questão que trago aqui é que há este perigo da falta do foco quando precisamos fazer algo que precisará de, no mínimo, uma leve estruturação, ou seja, não estou falando de digitar um e-mail para alguém, estou falando de criar um texto para a explicação de algo, para divulgação, ou algo que exija um pouco mais de um simples relato ou julgamento. Quando você se encontra sentado com as duas mãos apoiadas no teclado do seu note e com uma tela em branco na sua frente, muitas vezes você se vê pensando só a partir daquele momento, e por vezes, as primeiras palavras até saem, mas não é difícil ver que você já deu o backspace umas 3 vezes para reiniciar. E lá vem o perigo! Você começa a entrar numa espiral, olhando para o além e começa a pensar em outras coisas… menos o que você precisa escrever… e só vai voltar a si uns minutos depois. E se você fizer isso com todos os textos que precisa produzir, você vai terminar o dia com meio texto pronto… e vai se sentir o perdedor da vida.

No entanto, se você “se mexer” mais neste processo de produzir algo, você verá que as coisas começarão a caminhar no ritmo que deseja. Como assim? Ao ter esta tarefa de produzir um texto, por exemplo, pegue seu caderno ou folha de papel e comece pelos tópicos da estrutura geral do texto, desenhe quadros para cada um, caso prefira. Volte suas mãos para o teclado do note e passe estes tópicos para a tela, deixando um belo espaço entre cada um. Inicie pelo que achar mais fácil para você naquele momento, e não precisa ser pelo início, se um dos tópicos do miolo lhe parecer mais fácil ou se você já tiver na ponta dos dedos… basta começar a produzí-lo, e então vá passando para os demais. Começou a ficar travado em algum dos tópicos? Levante-se, vá beber água fora da mesa, vá ao banheiro, mas não mexa no celular (mídias sociais, por exemplo) ou nem pense em abrir uma outra aba do browser para checar “ooooutras coisas”. Retorne ao seu lugar, pegue o caderno, vá para o flip chart ou pegue qualquer outro meio que não seja o note, pois naquele lugar, você está preso naquela dúvida ainda. O fato de mudar de meio (onde você está escrevendo… criando) acaba quebrando aquele muro que o bloqueava. Assim que o raciocínio voltar a fluir, retorne aquelas palavras do papel para a tela do note e complete o que estava faltando. E vá escrevendo. Não fique julgando o que você acabou de digitar ou escrever, deixe tudo fluir. É no final de tudo que você inicia o julgamento e o olhar atencioso sobre o pensamento que fluiu naqueles parágrafos. E se tiver observações, correções, simplesmente trate de pesquisar e/ou corrigir. Quando perceber, você gastou um tempo bem menor do que costumava gastar antes quando se perdia no além, pensando em algo que não acrescentava nada.

A monotonia trazendo sérios riscos para sua vida

monotonia“I feel monotony and death to be almost the same” – Charlotte Brontë

Eu sei e você sabe que respirar monotonia é uma questão de escolha… sim, uma questão de escolha da própria pessoa. No entanto, não é difícil encontrarmos pessoas que se arrastam ou lamentam dizendo que estão achando tudo muito chato ou monótono… que o dia-a-dia delas é seeeempre a mesma coisa.
Bom, se realmente elas ficarem aguardando todas as mesmas coisas acontecerem dia após dia… fica difícil ter a ideia de se desviar um pouco do caminho. E este caminho traz uma sensação tão ruim, tão pesada a aquelas pessoas, que muitas caminham para a depressão ou algo significativamente psicossomático. Um verdadeiro perigo para sua mente, seu corpo… e sua própria vida.

Às vezes, a causa disso pode ser o “pensar muito… agir pouco”. Isso já aconteceu e geralmente acontece com todos. Em algum momento, nos encontramos parados ou até fazendo algum movimento mecânico e ficamos lá, pensando, divagando, criando uma teia de pensamentos, criando histórias cheias de probabilidades e impossibilidades. E perdemos totalmente o foco no que estamos fazendo naquele momento… até porque às vezes simplesmente estamos parados sem fazer nada. E você pode não perceber, mas lá se vão segundos, minutos ou até horas só pensando e não agindo. Eu acredito que em uma proporção maior, as pessoas se acostumam tanto a estes momentos, que acabam sofrendo por coisas que não aconteceram, por coisas que acabaram por não fazer ou realizar. E não demora muito para vir uma possível depressão.

Quando percebemos, a causa de todo um universo catastrófico em nossas vidas foi um simples toque de monotonia em algum lugar no passado. E essa monotonia podia ter sido evitada.

É engraçado dizer isso, mas a monotonia não tem nada a ver com uma rotina disciplinada diária. Uma pessoa pode levar uma vida disciplinada, regrada e com compromissos que exigem que ela esteja em um local em um determinado horário todo santo dia. E ainda assim, se ela inserir elementos e pessoas diferentes dentro desta rotina, sem deixar de realizar suas atividades corriqueiras, a monotonia pode passar longe dela. Por exemplo, todas as manhãs, eu levanto e saio para fazer uma caminhada/corrida por meia hora na esteira ou na rua, retorno para casa, tomo banho, tomo café, leio por 10 minutos e vou para o trabalho. A monotonia passa longe desta minha manhã pois eu sempre verei pessoas diferentes em meus exercícios matinais. Nunca se sabe se algo errado vai ocorrer com os ovos que preparo para o café. Não é certo que meu gato acabará arranhando ou mastigando alguma roupa sobre a cama. E nunca se sabe o que vou ler… posso escolher o que quiser, e nenhuma página será como a outra. E muitas outras coisas podem ocorrer durante esta rotina. Nunca é igual… ou eu não deixo ficar na mesmice de sempre.
Da mesma forma, as pessoas que não seguem necessariamente uma rotina podem se encontrar em momentos de reflexão profunda enquanto dirigem o carro, quando vão deitar a cabeça no travesseiro alguma noite, e veja só, a pessoa que não estava seguindo uma rotina, se vê entrando em transe e faz disso uma “rotina”.

O que realmente precisamos fazer é agir mais, da forma menos mecânica possível. Faça sempre coisas diferentes no seu dia-a-dia e discipline a si mesmo para não ficar olhando para o além e começando a divagar sobre diversas coisas. Preste atenção ao seu redor, ao seu ambiente, aos objetos que você está pegando e os processos em que você está agindo. Certamente treinando isso, você tem menor possibilidade de cair em momentos ou dias monótonos e viverá melhor cada dia.

Relacionamentos & discussões políticas

Imagem: abcnews.comVocê é pró-impeachment? Você é contra o impeachment? Você é Trump ou Hillary?
É muito importante que você tenha sua opinião a partir dos fatos que conhece, das notícias que recebe e pesquisa a veracidade. É importante que você busque ou acredite em algo pois mesmo nestas situações políticas, por mais que existam pessoas que estejam em dúvida, elas acreditam na verdade e a buscam, e talvez os fatos que chegaram a estas pessoas as deixem em estado de análise, e portanto, em dúvida temporária. No entanto, assim como religião, as discussões políticas jamais devem ser a faísca ou motivo para atrapalhar relações pessoais e/ou profissionais. Brincadeiras sempre estarão presentes, mas jamais deveríamos chegar ao ponto de ver amizades instantaneamente cortadas ou pior, perseguição em ambiente profissional.

Tenho um ex-amigo com quem saía muito. Era incrível como ele começou a falar mal das pessoas que ele sabia que eram contra sua visão política, cortando amizades que eram muito boas há um certo tempo atrás. Ouvindo ele falar isso, eu ficava quieta ou ignorava. Eu só pensava quando seria o dia que ele descobriria que eu era mais uma “coxinha” (na visão dele). Este dia chegou, ele deixou bem claro via telefone que não queria mais saber de mim e desligou o celular, cortando imediatamente amizade nas mídias sociais. De forma alguma eu fiquei triste ou preocupada, mas isso só conseguiu gerar duas impressões imediatas: 1) esta pessoa é um robô e 2) o partido que ele defende não ficaria com vergonha de ter um partidário tão doido assim?

Com o que temos visto até então em nosso país, especificamente no cenário político, eu observo muitas pessoas em situações radicais sobre seus relacionamentos, de amizade mesmo, em que a discussão política tem gerado desgastes. E eu pergunto “Para quê?”
Terminar relacionamentos ou criar mal-estar no trabalho por razões políticas é tão irracional como parar de falar com alguém porque a pessoa está usando uma cor de roupa que não o agrada.

O segredo está no coração

photo source: WikipediaPense na pessoa ou nas pessoas que você mais ama hoje.

Agora diga quantas marcas/produtos/serviços você absorveu para sua vida por causa destas pessoas, por elas consumirem mesmo.

Tem pessoas que conseguem citar várias marcas, tem outras que não conseguem lembrar de uma. Claro que tudo depende da(s) pessoa(s) selecionada(s) e da relação que possuem. Mas chega a ser impressionante, simples e “osmótico” como absorvemos tudo isso.

O que quero dizer é que infelizmente muitas (não todas) agências de propaganda estão ainda pensando de forma muito tradicional. Apegar-se a formatos e meios de forma que inconscientemente você se vê preso em uma máquina, em um processo e que gera a rotina, torna tudo muito seguro, porém bem ineficiente. Não me refiro a estar preso a meios tradicionais como TV, jornais e revistas, estou falando também de estar preso ao mobile, merchandising…
É muito mais eficiente entender que as pessoas podem até ser bombardeadas por milhões de mensagens diariamente, mas são suas impressões e sensações que captam de pessoas mais íntimas que marcarão de forma mais intensa.

Não generalize de forma a pensar que uma pessoa não filtraria tais informações antes de absorvê-las para suas vidas, para seu dia-a-dia. Mas elas prestarão mais atenção do que todo aquele esforço investido na comunicação das empresas e agências.

Citarei um exemplo meu: estou namorando há pouco mais de 1 ano um rapaz que até então sobrevivia com algum plano da TIM em seu celular. Até que ele se interessou pelos planos da Nextel. Não nego, são planos que parecem ser bem melhores do que de qualquer outra operadora. Claro que Nextel e a adoção do plano foi algo que chegamos a conversar bastante em nossos encontros e trocas de mensagens. Fiquei e às vezes fico tentada a talvez sair de uma Vivo e testar um dos planos da Nextel, mas ainda há algumas coisas que não me convenceram de vez. O fato é que lojas, quiosques, anúncios, cartazes, banners, etc não conseguiram me chamar atenção de forma alguma. “Ah, mas é que você não está querendo trocar de operadora!”. Ah, eu gostaria sim, os preços da Vivo me incomodam muito, mas até aí foi necessário eu notar isso de alguém próximo e que tenho afeto para realmente ver o que a marca estava oferecendo… para vê-la no meio da multidão.

O segredo de conseguir atingir as pessoas de forma super intensa e rápida como esta, apresenta um nível de intangibilidade e vulnerabilidade tão altos que se torna tão difícil e complexo atingir o sucesso, mas ao mesmo tempo tão simples que não impossibilita nem mesmo o menor e mais simples dos produtos de reinarem nesta posição.

Uma questão de disciplina

“Gente, estamos numa agência de propaganda. Que regras são essas?” – Foi o que mais ouvi nos anos de trampo em agências. Obviamente tudo em salas de reuniões onde alguma discussão do ambiente de trabalho era colocada na mesa… e provavelmente, sem a presença dos diretores.

Sim, você também já ouviu ou provavelmente também já disse isso.

Várias foram as reclamações ou críticas em relação ao que tais ambientes permitiam ou não. Oras, estes funcionários, homens e mulheres, geralmente abaixo dos 30 anos de idade não se conformavam como tais liberdades não eram possíveis dentro de agências de propaganda, lugares em que a criatividade e o “fazer o diferente” eram alguns dos elementos da base do negócio.

Temos uma crise quando há o desencontro de 3 pontos:

Ponto 1: A agência é uma empresa como várias outras que existem pois precisa investir pesado para conseguir gerar capital, gerar receita, precisa dar conta de custos e despesas. Seu investimento em pessoas e recursos precisa ser bom pois a agência vende serviço e este é pensado e criado pelas mentes ali presentes. A agência tem que fazer com que seus clientes obtenham lucro por terem acreditado e confiado em seu serviço. O seu lucro vem de toda uma boa administração de vários fatores como esses citados.

Ponto 2: A criatividade e a oferta de algo diferente e eficiente não virão de um sistema de formigas operárias. Estes elementos vêm do conjunto do repertório de cada pessoa, do poder de associação de ideias, de muita observação, pesquisa, análise, da troca de informações, seja em reuniões ou brainstorms internos e de conversas com os clientes e os consumidores. Estes mesmos elementos também vêm de inspiração e de experiências diferentes no dia a dia que passam para o tal repertório.

Ponto 3: A tal máquina pensante, que é o funcionário/colaborador, é capaz das coisas mais inimagináveis e incríveis neste mundo porque ele pode ser imprevisível a qualquer momento… para o bem ou para o mal. É dele que virá o sucesso, o fracasso ou a estagnação dos negócios da agência. Esta pessoa quer ser feliz, e independente do que seja o significado de felicidade para cada um, ela, por estar dentro de uma empresa, tem direitos e deveres dentro desta, assim como ela também tem outros direitos e deveres em sua vida não-profissional.

Exatamente! O desequilíbrio destes 3 pontos começa a trazer lenha para uma possível fogueira bem difícil de ser apagada.

Para facilitar o que quero expressar, vou citar abaixo algumas opiniões/críticas e então meu ponto de vista:

– “Aqui é uma agência! Todos deveriam chegar qualquer hora ou que pelo menos não precisasse chegar tal horário”.

Se o combinado na entrevista final e no contrato foi que você deveria entrar tal horário, então você DEVE entrar neste tal horário. Se você mora longe ou até em outro planeta, você precisa respeitar esta regra que você aceitou.

Trabalhei com uma garota que sabia que tinha que chegar às 9h, creio que com algumas semanas de trabalho, ela começou a chegar 9h30, 10h… Foi chamada, recebeu advertência e continuou a chegar muito tarde. Desculpas como morar longe e que na agência anterior as pessoas podiam chegar em outros horários eram suas justificativas. Nope, nope, nope, querida!

Claro que existem diversas agências que oferecem tal liberdade na flexibilidade em relação aos horários, aí tudo bem, mas se este não é o caso, é melhor você respeitar as regras.

– “Parece que eles ficam contando quantos minutos fico tomando café! Que absurdo!”

Pois é, fumar seu cigarrinho, tomar seu cafezinho, dar aquele break durante o dia de trabalho, eu acho necessário. Dar aquela respirada, aquela espairada faz muito bem. E nesses momentos você acaba conhecendo pessoas que mal encontra dentro da agência e trocando informações que até podem gerar ideias ou ajudá-lo em algo. Mas olha só, se você realmente só vai fazer seu break diário, vale a pena não forçar a barra indo toda hora ou fazendo um horário de “segundo almoço”.

No entanto, há situações um pouco diferentes como fazer sua mini-reunião ou um brainstorm dentro da copa ou num jardinzinho, tomando um café ou fumando um cigarro. Oras, você está produzindo, trabalhando, mas algumas pessoas (geralmente aquelas que estão “de olho”) não estão cientes de que aquilo é trabalho. Nesta situação eu acho que a “pessoa que tudo vê” precisa saber e se lembrar que está dentro de uma agência de propaganda/comunicação e que existe tal possibilidade.

Vale também lembrar que não é porque a pessoa está sentada em seu lugar na mesa que ela está produzindo.

– “Meu, esse pessoal (diretor, sócios, etc) age como se aqui fosse um escritório de contabilidade”

Aqui vale perder um tempo ouvindo exatamente o que vem depois disso, pois dependendo do que vier, não se esqueça que você topou trabalhar neste lugar sob x regras.

Procure outro lugar que tenha as regras com as quais você se identifica.

Se os argumentos forem construtivos para o desenvolvimento e melhor desempenho da agência, vale a pena levá-los a outros departamentos e à diretoria para uma discussão.

– “Não me deixam acessar o Facebook. Como pode?”

Ih, já estive em várias discussões como esta. Defendo a ideia de que o acesso total à web precisa estar liberado a todos os funcionários da agência. Se notam que o funcionário está usando mídias sociais, pesquisas na web, entre outros apenas por lazer, chegando a atrapalhar o ritmo de trabalho, o problema não é da mídia social, não é da liberação desta para todos os funcionários, mas de conduta do funcionário. Cabe ao RH e supervisores/diretoria tratar o assunto o mais rápido possível.

Existem várias outras situações, mas creio que estas foram as mais comuns que ouvi.

O que todas as pessoas que trabalham nestas agências, independente do cargo, deveriam levar em consideração é o bom senso e o debate inteligente sobre mudanças e melhoria contínua do geral. Não vejo necessidade em ser totalmente 8 ou 80, até porque não seria saudável para qualquer empresa.

Quais críticas você já teve ou tem em relação ao comportamento ou disciplina dentro de uma agência de propaganda?

O bom atendimento ou a morte

costumersEu acredito que uma marca ou empresa ganham mercado por “n” fatores, mas os dois principais são: qualidade do produto/serviço e atendimento.

Quando você tem um produto puramente eficiente e um pré e pós-atendimento tão excelentes quanto, você tem uma promessa soberana de mercado, onde o preço será justo independente do valor numérico.

Quanto à qualidade do produto, que passa pelas variáveis dos processos de fabricação, treinamento, disciplina, precisão, fator humano, qualidade das máquinas, tecnologia empregada, entre outros, é algo que não vou entrar em detalhes neste artigo.

Quero falar em relação ao atendimento e vou focar no atendimento ao cliente final, servir ao público.

Não é espetacular quando achamos ou somos abordados por alguma forma de comunicação onde encontramos a possível solução para algum problema ou necessidade que temos e toda forma de informação que nos é oferecida esclarece e nos deixa totalmente seguros a ponto de confiarmos para uma compra dessa solução? Não é o máximo quando o atendimento feito antes, durante e até mesmo depois da compra o deixa tão satisfeito e contente ao ponto de sugerirmos e indicá-los a outras pessoas próximas que também buscam a mesma solução? Você consegue falar rapidamente 10 marcas que conseguem trazer isso ao seu dia a dia? Tirando profissionais da saúde (meus médicos atuais) e ignorando ainda o fato do preço das consultas deles (já que alguns são particulares), eu não consigo enumerar essas 10. Não consigo.

Se alguma marca tem uma ótima forma de comunicação e atendimento para abordá-lo e conseguir trazê-lo até a decisão de compra, provavelmente ela vai pecar no pós-atendimento, ou vice-versa, porém o inverso da primeira pode ser um pouco mais difícil já que o mal pré-atendimento muitas vezes não leva à decisão de compra, a não ser que seja a única oferta possível para uma solução.

Por que, meu deus, é tão difícil fazer algo “simples” funcionar?

Falta de planejamento estrutural e de direcionamento é o que faz as empresas crescerem e terem fome cada vez mais de gerar receita, sem no entanto olharem para este pequeno detalhe que é o de entregar o básico para a qualidade do produto e de sua marca, o atendimento bem feito, o atendimento eficiente que não só faz o básico, mas que também surpreende e assim, cativa o consumidor.

Seja uma micro, nano-empresa de doces caseiros até gigantescas corporações, se elas não cuidam do atendimento, do cuidado com seus clientes e consumidores, de deixá-los sempre satisfeitos (para as mais diversas adversidades que possam surgir), eles podem ter sempre ideias inovadoras, soluções absolutamente eficientes, entre outras coisas, no entanto elas seguirão o destino final da queda comum que segue aquela famosa curva de vida de uma marca.

Não é difícil de compreender. Não deveria existir troféus para empresas que melhor atendem, aliás, o que é isso? “Aqui está o troféu para o peixe que respira melhor!”. “Aqui está o troféu para o exército que melhor defende seu país!”. Que absurdo!

O bom atendimento é uma obrigação de qualquer negócio.

 

Levamos a imagem a sério?

Levamos a imagem a sério?Milhões, bilhões de dólares são destinados ao mercado para que outros zilhões de profissionais trabalhem, se preocupem e transpirem para que a imagem da marca de produtos e serviços seja boa. Todo esse esforço precisa gerar um retorno positivo quanto à percepção do público sobre as marcas, que, consequentemente, precisam inspirar confiança para aumentar a atração do consumidor, que colabora então para o incremento financeiro das empresas. Sempre foi assim e continua sendo, mas há variações geradas pelo comportamento humano que driblam a lógica.

Uso de trabalho escravo na linha de produção de confecções para grandes marcas? Já vimos! Gerou polêmicas mas continuamos comprando e nos vestindo com os produtos das mesmas que receberam esse tipo de acusação. Escândalo sobre desvios gigantescos de capital envolvendo inclusive delação de vários políticos (governadores, senadores, deputados…)? Estamos vendo! E nem por isso deixamos de usar seus produtos, abastecer nossos carros, torcer por esportistas patrocinados pela marca.

Por quê?
A atenção de grande parte da população está voltada para o que está um pouco mais próximo, o que está ao seu alcance no dia a dia. Não são muitos os que ligam seu consumo à outra ponta, que enxergam o que tal grão de arroz pode fazer para a balança virar.

Já pensei também que poderia ser a volatilidade extremamente alta da memória dos consumidores. Por exemplo: algum fato grave negativo ocorre com a empresa e, apesar disso, todos deixariam a notícia correr gerando indignação na população geral. Pouco tempo depois, a maioria deixaria para trás e continuaria a consumir seus produtos. As pessoas esquecem a notícia porque várias outras surgem logo em seguida.

Além dessas questões, pergunto: para que mesmo são investidas fortunas em imagem de marca? Fortalecer sua credibilidade seria uma das respostas. Entretanto, a mais óbvia está na necessidade de ganhar audiência (boa… ou má), mas se for para dispender montantes significativos, que seja no comportamento positivo por parte da empresa, claro.

Sendo ou não relevantes as questões polêmicas para você, a empresa, sendo bem ou mal falada, terá a marca — mesmo que negativamente — evidenciada. No entanto, algum nicho ela deverá atingir. Alguém no mundo vai colaborar para gerar a demanda de que a empresa precisa para se manter.

Portanto, a palavra-chave é, simplesmente, aparecer?

A melhor hora de buscar um novo emprego

Imagem: http://www.best-pocketknife.netDizem que a melhor hora de mudar de emprego ou então de se lançar com mais força no mercado é o início do ano. Outros dizem que lá para o meio do ano também é interessante.

“Ah, mas depende em que área você atua”.

Não, não sejam tão ingênuos. A melhor hora de mudar de emprego ou conseguir um novo após um período parado é a hora em que você se sente mais preparado como nunca para isso. É aquele momento em que você enxerga a oportunidade e diz a si próprio “esta vaga foi feita pra mim e vou gerar melhorias a curto prazo”. Isso vale para publicitários, advogados, engenheiros, professores, operários, faxineiros… para todas as profissões.

Um dia estava comentando com um amigo que se uma pessoa só fica esperando a boa vontade de retornos das empresas através de LinkedIn, dos sites de empregos, etc, perde-se muito tempo. A Internet e as mídias sociais trouxeram muito mais agilidade para isso? Sim, mas não fique dependente apenas destes. Neste exato momento, existem empresas que não sabem que precisam trocar de funcionários. Levante e ofereça o seu “talento”, não o currículo, mas uma proposta de solução. “Ah, mas eles podem pegar minha ideia e usá-la sem me dar créditos”. Você é um gerador de ideias, não se preocupe, melhores virão e a tal empresa vai dar um jeito de se mexer e não ficar dependente das ideias de terceiros. Alguma mudança você fará no mundo.

Meu pai já dizia “Você está procurando trabalho ou emprego? Trabalho é o que não falta no mundo. Emprego já é outra coisa”. Pois então eu digo aos que estão de alguma forma com dúvidas, medos e receios, comecem o trabalho que o emprego virá. Se este não “vier”, você poderá se dar conta de que está criando um.

Quem faz o quê?

linhaQual a linha que separa as funções do profissional de Marketing das empresas e as do planner de agências de comunicação?

Na faculdade, claro, é sempre aquela beleza de cada um no seu quadrado. Aprendemos conceitos e mais conceitos. Alguns professores destemidos chegam a citar que a coisa pode não ser bem assim no dia a dia.

No entanto, ao ingressar neste mercado de trabalho e acompanhando bem o dia a dia, percebemos que realmente há coisas bem distintas do que foi explicado em sala de aula, nos vídeos do YouTube ou nos livros.

Trabalhando no dia a dia do meio publicitário, percebemos que não há quadrado. Em algumas empresas clientes, acabamos por encontrar exemplos como profissionais de Marketing com muita responsabilidade nas costas pois eles não são mais aqueles profissionais que ficavam cuidando da aprovação da comunicação que a agência criava e apresentava, que apresentavam à alta diretoria suas decisões e que recebiam relatórios do departamento de vendas. Não, senhor. Com a pressão e competitividade tão forte que reina hoje, o que você mais encontra são profissionais de vendas, que tiveram formação ou passaram por longas experiências no “Marketing”. Enfim, eles têm um mundo nas costas para resolver… e são os primeiros a serem cortados numa “dor de barriga”. Que injustiça.

Nas agências, você tem os profissionais low profile, porém muito ativos, os planners. Não costumam ser numerosos como os executivos de contas, nem como os diretores de arte. Mas que há muito tempo não vêm cuidando apenas do planejamento de comunicação, não, senhor. Na pressão do mercado que as agências também sofrem, as funções dos planners abriram como um guarda-chuva. Estamos falando de praticamente ser um GP, planner, um decisor que vai dar, muitas vezes, a martelada final de todo o projeto pronto para a venda ao cliente. Ah, e mais um detalhe, como as agências pressionadas não podem se dar mais ao luxo de vender apenas comunicação, elas precisam vender soluções. Sim, não é mais uma questão de vender uma boa imagem, bom produto ou serviço a ser divulgado, agora as agências precisam salvar o cliente.

Mas esta não é uma função, algo interno que os profissionais do próprio cliente precisam resolver? Hmmmm, hoje, digo sim e não. Sim, porque é óbvio que uma pessoa vá fazer de tudo para salvar o próprio corpo, só ela mesma entenderia 100% do problema. E não, porque hoje estamos em tamanha sinergia que todo e qualquer fornecedor, prestador de serviço, voluntário ou colaborador é absolutamente influente no que pode ocorrer com uma empresa-cliente a curto, médio ou longo prazo.

Verdade seja dita, hoje os papéis se misturam e todos são co-responsáveis por tudo o que você vê, escuta e sente por aí. O mesmo ocorre na comunicação e no mundo corporativo. Alguns planners podem me apedrejar, alguns profissionais de Marketing podem me contradizer, mas a linha divisória de funções nunca existiu na realidade. Este “caos” foi necessário para manter o que chamamos de ordem.