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Não esqueça a minha Caloi

Este é mais um daqueles artigos que deduram nossa idade.

As crianças dos anos 80 achavam que os brinquedos mais legais ou era um Atari ou uma bicicleta. E quando se falava em bicicleta, o top of mind certamente era Caloi. Não desmerecendo a Monark e outras marcas que também marcaram presença na vida das crianças e jovens, mas a Caloi realmente contou com um trabalho muito bom com esse público.

Eu me lembro que em QUALQUER gibi, você encontrava uma ou mais páginas do anúncio da Caloi com um personagem ruivinho que explicava como “conseguir sua Caloi no Natal” (ou outras datas). Neste mesmo anúncio, você encontrava desenhos de bilhetes super coloridos, já marcados com as frases “não se esqueça da minha Caloi”, “Eu quero minha Caloi”,… Pois bem, o anúncio explicava bem didaticamente e divertida como a criança deveria recortar os bilhetes e espalhá-los em lugares estratégicos da casa para que seus pais pudessem ver.

Teve também produção de comercial para TV (que eu realmente não me lembro):

Agora pense como seria com os meios que temos hoje. Como seria explorada esta necessidade de espalhar um objeto de desejo seu pela casa, justamente para inflenciar os compradores? A sacada era ótima, a Caloi não iria falar diretamente com os consumidores, não iria “forçá-los” a nada, pois quem faria isso seriam as crianças mesmo. Elas saberiam todos os pontos estratégicos, além dos MOMENTOS CERTOS. E seriam elas também as responsáveis a espalhar a marca pela casa.

Você acha que para o mesmo público hoje, teríamos Pinterest, Facebook, Twitter, QR codes e SMS envolvidos para uma mecânica parecida?

Campus Party – como foi o Dia 2

Chuva, muita chuva lá fora. E muitos trovões puderam ser ouvidos aqui dentro da Campus Party.

Ontem pudemos conferir o primeiro dia de debates e palestras de todas as áreas.

O primeiro debate do espaço Campusblog foi “Mobilidade e dispositivos móveis: o futuro da internet?”, onde foram comentados variados tópicos, desde o atraso do Brasil em relação ao uso mais amplo de mídias móveis e os recursos que os mesmos podem oferecer, passando por mobile marketing, aplicativos para iPhone e Android, Foursquare, até a não-adoção do Brasil ao QR code. Mas todos confirmaram de que mobilidade e dispositivos móveis não são o futuro da Internet, e sim, o presente.

Acredite ou não, tivemos uma apresentação super lotada do ex-hacker e atual dono de uma empresa de segurança de informação, Kevin Mitnick. Ele mostrou como a população inconscientemente se mostra ingênua perante a várias falhas que entregam informações importantes e confidenciais. “7 em 10 pessoas já deram suas senhas ou informações importantes em troca de uma caneta”, afirmou e com razão.

O debate, ainda no espaço Campusblog, “Grande rede, pequenos produtores” contou com a presença de blogueiros mirins expondo suas opiniões e relataram como foi o início de tudo para cada um, incluindo a confiança ganha de seus pais para poderem se comunicar tão abertamente na Internet e para um público que eles realmente não esperavam atingir, e a diferença muitas vezes sentida no repertório de seus assuntos quando estão com colegas na escola (“é um outro papo, outras palavras, eles parecem não entender muito”).

NOTA: Realmente, quando estamos em um espaço tão aberto, com palestrantes cujas vozes não são tão graves, com música muito alta ao lado e barulho de chuva e trovões, muito se perde das palestras. E nisso, o Campus Party ainda precisa repensar em como melhorar.

Debate sobre podcasts foi a próxima atração, contando com a galera do NowLoading, Rapadura e do Metacast.
Todos eles puderam contar com muitos fãs na platéia, onde debateram sobre as diferenças de público entre os blogs e os podcasts, a importância de entregar um conteúdo levando em consideração o que seu público precisa ou deseja ouvir e alertaram para a necessidade de feedback que eles precisam ter de seus ouvintes.

Depois da turma do podcast, veio o pessoal do Jovem Nerd, que atraiu mais pessoas ainda. Eles abordaram assuntos como a dificuldade de ter o primeiro anunciante, de como teve que ser muito bem pensada e analisada a decisão de largar seus empregos para se dedicar full-time ao Jovem Nerd, do profissionalismo que é necessário ter quando você tem a promessa com um grande público na entrega de um bom conteúdo… e quanto à monetização X objetivos originais do blog? Eles não deixaram a bola cair, mostrando que não há problemas em relação a isso, que os bloggers podem se preocupar com adsense e todas outras formas de publicidade, mas sempre lembrar de que o conteúdo publicado por eles é o que mais importa, e que este não deve nunca ser superado nunca pela atenção à monetização em um blog profissional.