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A mistura básica

Não sei a idade de vocês, mas um tempo atrás, usar o verbo “curtir” já era um pouquinho estranho, ultrapassado, a não ser que o propósito fosse a mãe explicar para a tia alguma receita de conserva, picles, essas coisas. Veio o Facebook com o Like, e o “curtir” voltou em nossas conversas informais do dia a dia.

Para as marcas, o curtir em suas fanpages e posts é muito bom, check-ins e follows em outras redes, idem, mas trazer esta experiência para o mundo real é melhor ainda, tanto para elas mesmas quanto para os consumidores.

Um exemplo legal foi o que algumas montadoras levaram para os salões do automóvel em todo o mundo em 2011 e 2012. Os visitantes podiam visitar os diversos stands das montadoras para conferir os belíssimos automóveis, tendo gostado de algum modelo específico, eles poderiam ir a um totem na própria stand, e, através de um cartão RFID, eles permitiriam a postagem em sua timeline do modelo que gostaram e compartilharam a experiência. O que é ótimo para a marca, principalmente quando estamos falando de lançamento de produtos.

Geolocalização e produção de códigos específicos em materiais do dia a dia são elementos para bons exemplos do que podemos ter como experiências na mistura dos mundos virtuais e reais, sendo possível há algum tempo. Talvez uma boa explicação seja aplicativos que você pode baixar em seu dispositivo móvel que por geolocalização (associado a um Foursquare, por exemplo) e o auxílio de sua câmera, você poderá apontar para algumas direções, por exemplo, numa rua comercial e pela tela, você poderá ver os diversos restaurantes já cadastrados no Foursquare, e clicando nos ícones, também poderá ver as ofertas, telefone, detalhes, opiniões de outros clientes. Claro que a maior intenção das marcas é que você divulgue sua boa experiência ou sua aprovação por ela, então você sempre terá os botões para curtir, compartilhar, tuitar… e assim o ciclo continua.

Eu sinceramente não acredito que precisamos ainda buscar a interação do mundo virtual com o real, porque ele já acontece, das formas mais simples que você possa imaginar, um tweet pode ser irrelevante, mas ele pode ter um efeito avassalador como fazer uma pessoa não ser considerada para a entrevista final de uma vaga em uma grande empresa ou então, por que não, iniciar um belo relacionamento amoroso. Tudo muito parecido com um efeito borboleta.

O “curtir” é o mais simples dos espelhos

Praticamente parecido com a presença de aplicativos em seu tablet ou smartphone, através das fanpages que você curte pelo seu perfil no Facebook, podemos notar como estamos nos comportando hoje.

Existem fanpages que estarão constantemente curtidas por você: a fanpage da sua empresa, do local onde trabalha, da sua banda favorita, time do coração, da nova loja virtual criada por seu primo (para dar aquela força) e algumas outras. Mas existe um grande universo preenchido pelas fanpages que você certamente vai parar de curtir algum dia e será substituída por outras 3.

Lembra-se das comunidades do Orkut? Aquelas 1500 que você entrava sem lembrar depois que estava nelas? Exatamente igual! Estas páginas que você está curtindo e que pertencem a este outro universo que citei acima, você curtiu porque precisou (fazer pesquisa, olhar concorrência, deixar alguma reclamação) ou então porque suas emoções na hora falaram mais alto e você acabou curtindo.

Diferente daquela época do Orkut com as comunidades, seu feed de posts do Facebook pelo menos trará conteúdo próprio, e bem ou mal, ainda prefiro atualizações variadas… odiaria receber poucas notícias por hora.

Faça um exercício, primeiramente com as páginas que você curte, abra lá seus likes e dê uma olhada ano a ano. Você vai lembrar o que estava acontecendo na época para você curtir cada fanpage.

Depois faça um exercício com algum amigo seu, no mínimo será bem interessante.

Você não pode curtir

Sei que muitas vezes é entediante ler regulamentos e regras de promoções. Geralmente eles vêm naqueles formatos longos com letras pequenas, sem qualquer ilustração ou animação (que ajudaria bastante).

É chato, porém necessário. Estou falando principalmente com você que está louco para criar uma promoção… no Facebook, por exemplo. Clientes e até mesmo colegas de trabalho já chegaram a pegar no meu pé, tentando me provar várias outras coisas. Não rola, gente! O Facebook tem regras bem claras para promoções dentro de sua plataforma.

São algumas coisinhas bem chatas que a equipe do Mark deixa explícito, dar um “like” ou “curtir” numa fanpage como forma de inscrição em um concurso ou sorteio, é proibido. Curtir um comentário, deixar um próprio no mural da fanpage como forma de participação, também é proibido.

“Marina, tá de sacanagem?! Já vi um monte de gente fazendo isso”. Pois é, mas não pode. E aqui está o guideline de promoções dentro do Facebook: http://www.facebook.com/promotions_guidelines.php

E pessoal, vou falar uma coisa. Faz tempo que eles já estavam com essas regras, antes mesmo da última atualização (do dia 11/05/2011). Entonces, se você faz essas promoções para sua empresa, obviamente você precisa ficar de olho. E se você ainda representa uma empresa, precisa estar tão atento quanto pois a mesma está confiando em seu julgamento e decisão.

Mas e aí, como posso minha promoção dentro do Facebook? Uma das coisas que eles avisam de primeira é utilizar aplicativos de terceiros, que aí sim, você poderá usar em uma aba (que na mudança, nem é mais aba) ou em canvas. Só isso mesmo. Faça o seguinte, construa toda sua mecânica em uma página na web e use aplicativos para colocar o conteúdo dentro de uma aba, por exemplo, dentro do Facebook, ou até levá-la para uma nova página FORA da rede social.

Já viu a promoção da Kibon? A explicação está toda bonitinha lá, mas ao clicar em participar, você é levado para o ambiente externo. http://www.facebook.com/kibonbr?sk=app_160569274034582

Tem algumas outras questões que ficamos em dúvida, mas sua empresa precisa contar também com a ajuda de organizações e profissionais que possam saná-las.

Se você gosta mesmo ou se sua estratégia ainda é focar em promoções no Facebook, só precisamos  continuar na torcida para que aquele guideline tenha atualizações falando o contrário. E enquanto ele não muda, o jeito é usar os meios possíveis e pensar em outras novas.