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Planejamento e crescimento em época de coronavírus

planningO efeito do novo coronavírus está aí e não sabemos até quando todo este enclausuramento (exceto para profissionais da saúde) chegará ao seu fim.

Agora que você está em casa, de forma compulsória, é o momento de colocar em prática seu planejamento de tarefas diárias. Desta forma, seu corpo entenderá que você está no meio de toda uma dinâmica com tarefas e demais atividades, e ele o deixará menos propenso à baixa imunidade… e não se esqueça de tomar seus remédios, tomar muita água e alimentar-se bem.

Do momento que você acorda até o momento de dormir, divida seus horários em partes de 30 minutos. Selecione meia hora para estudar algo, preparar a refeição, varrer ou passar aspirador na casa, fazer ginástica, checar se seus parentes e amigos estão bem, assistir aos seus programas e filmes no YouTube, Netflix… etc. Claro que você pode pegar pacotes consecutivos de 30 minutos para ler um livro, trabalhar, meditar, limpar a casa, preparar as refeições e comer, sair e comprar o que realmente está precisando, entre outras coisas. O ideal é sempre ter o que fazer, nem que seja meia hora de soneca no meio da tarde.

SEMPRE HAVERÁ O QUE FAZER.

E tudo isso acaba sendo um aprendizado para todos nós. É neste momento de confinamento que aprendemos a prestar atenção em nós mesmos.
Se você leu o livro “Musashi” (Eiji Yoshikawa), provavelmente se lembra do momento em que o monge Takuan deixa Takezo (o Musashi ainda em seu modo rebelde) confinado em uma sala com milhares de livros… e só. Depois de um longo tempo, ele sai do confinamento “enxergando” melhor as coisas, alterando seu nome, inclusive.

Espero que este momento se encerre logo, mas que possamos voltar como pessoas mais conscientes sobre o tempo, organização e nós mesmos.

Quem faz o quê?

linhaQual a linha que separa as funções do profissional de Marketing das empresas e as do planner de agências de comunicação?

Na faculdade, claro, é sempre aquela beleza de cada um no seu quadrado. Aprendemos conceitos e mais conceitos. Alguns professores destemidos chegam a citar que a coisa pode não ser bem assim no dia a dia.

No entanto, ao ingressar neste mercado de trabalho e acompanhando bem o dia a dia, percebemos que realmente há coisas bem distintas do que foi explicado em sala de aula, nos vídeos do YouTube ou nos livros.

Trabalhando no dia a dia do meio publicitário, percebemos que não há quadrado. Em algumas empresas clientes, acabamos por encontrar exemplos como profissionais de Marketing com muita responsabilidade nas costas pois eles não são mais aqueles profissionais que ficavam cuidando da aprovação da comunicação que a agência criava e apresentava, que apresentavam à alta diretoria suas decisões e que recebiam relatórios do departamento de vendas. Não, senhor. Com a pressão e competitividade tão forte que reina hoje, o que você mais encontra são profissionais de vendas, que tiveram formação ou passaram por longas experiências no “Marketing”. Enfim, eles têm um mundo nas costas para resolver… e são os primeiros a serem cortados numa “dor de barriga”. Que injustiça.

Nas agências, você tem os profissionais low profile, porém muito ativos, os planners. Não costumam ser numerosos como os executivos de contas, nem como os diretores de arte. Mas que há muito tempo não vêm cuidando apenas do planejamento de comunicação, não, senhor. Na pressão do mercado que as agências também sofrem, as funções dos planners abriram como um guarda-chuva. Estamos falando de praticamente ser um GP, planner, um decisor que vai dar, muitas vezes, a martelada final de todo o projeto pronto para a venda ao cliente. Ah, e mais um detalhe, como as agências pressionadas não podem se dar mais ao luxo de vender apenas comunicação, elas precisam vender soluções. Sim, não é mais uma questão de vender uma boa imagem, bom produto ou serviço a ser divulgado, agora as agências precisam salvar o cliente.

Mas esta não é uma função, algo interno que os profissionais do próprio cliente precisam resolver? Hmmmm, hoje, digo sim e não. Sim, porque é óbvio que uma pessoa vá fazer de tudo para salvar o próprio corpo, só ela mesma entenderia 100% do problema. E não, porque hoje estamos em tamanha sinergia que todo e qualquer fornecedor, prestador de serviço, voluntário ou colaborador é absolutamente influente no que pode ocorrer com uma empresa-cliente a curto, médio ou longo prazo.

Verdade seja dita, hoje os papéis se misturam e todos são co-responsáveis por tudo o que você vê, escuta e sente por aí. O mesmo ocorre na comunicação e no mundo corporativo. Alguns planners podem me apedrejar, alguns profissionais de Marketing podem me contradizer, mas a linha divisória de funções nunca existiu na realidade. Este “caos” foi necessário para manter o que chamamos de ordem.

Put yourself up

Tem aquela música que a Diana Krall interpreta:

“… Don’t lose your confidence if you slip
Be grateful for a pleasant trip
Then put yourself up
Dust yourself off
And start all over again”

O que mais estamos vendo estes dias é a palavra “demissão”, “desemprego”, etc.
Mas é uma boa hora para refletir (rápido) e arrumar o que está errado em sua vida… talvez seguir outro rumo, talvez focar em outra coisa. É o único momento que vc tem para realmente reiniciar as coisas, assim, zerado. É arriscar.

Mas mesmo que vc esteja empregado e queira dar um novo rumo, reinicie também, nada é complicado, só fica complicado pq vc começa a pensar nos problemas. Tudo é muito fácil, tudo pode ser bem direto, bem objetivo, basta focar e seguir em frente. Não te garanto que depois disso, vc seja amigo de todos. Quando se quer agradar a todos integralmente, vc PODE não fazer todas as suas tarefas do jeito que vc queria.
Mas vai de outras pessoas ao redor compreender esse seu esforço voltado para tarefas ou para pessoas.
Não existe uma pessoa no mundo que seja 100% um ou outro, impossível, elas ficariam miseráveis financeiramente ou miseráveis sentimentalmente, todas estas levando a uma morte.

Put yourself up, dust yourself off and start all over again. É isso aí.