Aplicativos

Para diversão, para ser útil ou ambos? Hoje eu vejo, escuto e falo com diversas pessoas que têm uma, esta ou outra opinião sobre a finalidade de um aplicativo a ser planejado, criado e desenvolvido.

Podemos começar com uma pergunta simples: “Quantos e quais aplicativos você tem em seu celular e em seu desktop?”.

Há quem diga que os aplicativos são muito mais utilizados quando eles servem como utilitários, são úteis para algo em seu dia-a-dia ou em situações específicas. Mas há quem prefira dizer que os aplicativos servem para divertir e matar seu tempo quando você está em alguma sala de espera, parado no metrô ou no trânsito.

É aquela história do aplicativo time killer e time saver. Ele é um passatempo ou algo útil?

O aplicativo pode ser time killer e saver ao mesmo tempo? Com certeza, mas acredito que dificilmente a mente de uma pessoa estará voltada em um exato momento para uma ou outra função na hora em que abriu o aplicativo.

Quanto tempo eles duram em seu celular, por exemplo? No meu caso, tratando-se de games, 1 ou 2 semanas no máximo! Se for utilitário (e muito eficiente mesmo) dificilmente sai ou fica lá sendo acessado todos os dias ou frequentemente.

Conheço pessoas também que têm 60, 70 aplicativos instalados em seus smartphones, mas simplesmente porque ficaram por lá observando uns 7 ou 8 sendo utilizados intensamente… 3 ou 4 utilitários e uns 4 jogos.

E é incrível o número de aplicativos novos pagos ou gratuitos que surgem todos os dias. Você também tem aquela impressão que o aplicativo está se transformando em um tipo de commodity?

Você vai lá baixa em seu celular, usa (ou nem usa), desinstala, pega outro, baixa por 3 dólares, usa, desinstala…

A experiência rápida virtual ficou banal e algo que talvez poderíamos chamar de one-minute-experience é o que provavelmente faria mais parte do nosso consumo de aplicativos no dia-a-dia.

Seja você um desenvolvedor ou usuário, o que seria necessário para aumentar este tempo de experiência com o aplicativo? Ele teria que ser orientado a tarefas ou a diversão?

Este post também pode ser lido no Quick Drops.

Arco e flecha sem apneia – Meio & Mensagem

A matéria que saiu no jornal e portal Meio & Mensagem pode ser conferida AQUI na versão online.

Para esta e outras matérias que saíram em outros veículos: http://marinamizioka.com/?page_id=1197

Social Media Week/ Shared – setembro 2012

Não esqueça a minha Caloi

Este é mais um daqueles artigos que deduram nossa idade.

As crianças dos anos 80 achavam que os brinquedos mais legais ou era um Atari ou uma bicicleta. E quando se falava em bicicleta, o top of mind certamente era Caloi. Não desmerecendo a Monark e outras marcas que também marcaram presença na vida das crianças e jovens, mas a Caloi realmente contou com um trabalho muito bom com esse público.

Eu me lembro que em QUALQUER gibi, você encontrava uma ou mais páginas do anúncio da Caloi com um personagem ruivinho que explicava como “conseguir sua Caloi no Natal” (ou outras datas). Neste mesmo anúncio, você encontrava desenhos de bilhetes super coloridos, já marcados com as frases “não se esqueça da minha Caloi”, “Eu quero minha Caloi”,… Pois bem, o anúncio explicava bem didaticamente e divertida como a criança deveria recortar os bilhetes e espalhá-los em lugares estratégicos da casa para que seus pais pudessem ver.

Teve também produção de comercial para TV (que eu realmente não me lembro):

Agora pense como seria com os meios que temos hoje. Como seria explorada esta necessidade de espalhar um objeto de desejo seu pela casa, justamente para inflenciar os compradores? A sacada era ótima, a Caloi não iria falar diretamente com os consumidores, não iria “forçá-los” a nada, pois quem faria isso seriam as crianças mesmo. Elas saberiam todos os pontos estratégicos, além dos MOMENTOS CERTOS. E seriam elas também as responsáveis a espalhar a marca pela casa.

Você acha que para o mesmo público hoje, teríamos Pinterest, Facebook, Twitter, QR codes e SMS envolvidos para uma mecânica parecida?

Arcos e flechas

Saindo na Revista Propaganda (setembro/ 2012).

Ehehehehe, mas só pra deixar claro, não fui eu que falei que as libras se referiam ao peso do arco, hein!

http://marinamizioka.com/?page_id=1197

Outro carro, mesmo modelo. Chega!

Um carro vindo, uma estrada ou rua da cidade, painel, design externo, apelo de carro mais vendido, um pouco mais disso e daquilo sobre o próprio carro. Cansou? Para mim e para várias pessoas, esta receita já deixou de existir pois não parece mais haver o efeito “surpreenda-me” na maioria das propagandas de carros.

Assista ao comercial feita para o novo Dodge Dart 2013 e note como eles saíram do feijão com arroz sem falar de mistério, sem esconder nada, mas focando no trabalho que dá para uma equipe lançar um carro.

Pintermission da Honda

Uma ação bem bacana de uns meses atrás, da própria Honda, foi utilizar o Pinterest como rede social principal para mostrar este outro lado da vida com a marca.

Eles selecionaram os usuários mais ativos da rede social e ofereceram 500 dólares para ficarem 24 horas descansando com um novo CR-V, e claro, postando fotos em suas contas do Pinterest, em um board específico “Pintermission” para que seus milhares de seguidores pudessem conferir os passeios e eventos.

O objetivo não era mostrar o carro, mas mostrar as diferentes rotinas, deste outro lado não comercial da Honda.

Observação sincera da Marina: há possibilidade desse não ter sido muito bem o objetivo da Honda com isso, mas talvez eles quisessem que os convidados tirassem alguma foto do carro nos ambientes ou que eles mencionassem mais o novo modelo.

http://pinterest.com/happymundane/jon-s-pintermission/
http://pinterest.com/honda/jonathan-s-pintermission/
http://pinterest.com/jchongdesign/pintermission/
http://pinterest.com/honda/jennifer-s-pintermission/
http://pinterest.com/honda/michael-s-pintermission/
http://pinterest.com/caitlin_cawley/caitlin-s-pintermission/
http://pinterest.com/honda/bonnie-s-pintermission/

Ainda há simplicidade

Às vezes, a publicidade se entusiasma e faz o oba-oba crescer com confetes, rojões e efeitos. Histórias, textos e roteiros são feitos, refeitos, engomados, levando mais uma “calda de chocolate suíço” de técnicas de design que permitem uma plástica bonita, legal, mas que vai passar na frente do consumidor e receber o desinteresse do mesmo como algo comum, como mais um comercial apenas.

Mas ainda há vida e formas diferentes de abordagem, até mesmo em comerciais de varejo. Nem sempre a exibição de preços compromete a inteligência por trás de um roteiro. E se estamos cansados de festas e efeitos, procuramos algo simples, direto e objetivo, mas que também não seja espartano, como foram os comerciais da Applebee´s.

WTF?

Eu entendo perfeitamente que muitas coisas hoje não estão fáceis, mas é exatamente por isso que devemos nos esforçar mais para fazermos o certo, nos arriscarmos com todo nosso melhor e nem pensar em levar as coisas tão levianamente.
Quando estamos em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho, precisamos entender se os requisitos no mínimo batem com o que podemos oferecer do nosso esforço, conhecimento e experiência. Além disso, devemos sempre levar em consideração sobre nossos extras, sobre nosso conhecimento que poderá ser útil, mesmo não tendo sido um requisito.

Sim, fiz todo esse rodeio para falar que também existem casos penosos, talvez por falta de experiência, por alguém aconselhando… ou por falta de vontade própria mesmo.
Presenciei neste último mês, dois currículos de 2 candidatas a uma vaga em comunicação. A primeira enviou seu currículo anexo a um e-mail e um texto de apresentação:
“… Dentre minhas características profissionais destacam-se o perfeccionismo, dedicação, facilidade de interação com o grupo e responsabilidade.”

O interessante foi notar que uma das próximas candidatas também apresentava um texto de apresentação no corpo do e-mail:
“… Dentre minhas características profissionais destacam-se o perfeccionismo, dedicação, facilidade de interação com o grupo, responsabilidade… (seguir listando suas aptidões).”

Poxa, gente.

Os anúncios mais viralizados em 2012 até o momento – Adweek