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Agência & Empresa


bannon-morrissy-RmMZUh0Q4MA-unsplash (1)Quem acaba se formando em Marketing, Comunicação/ Propaganda, acaba pensando em seguir um ou outro caminho, trabalhar em agência ou em uma empresa, ONG etc, sendo seu próprio negócio ou não. O “pensar” ou “decidir” é algo muito fácil, mas eu acho que hoje em dia, as pessoas não estão tão ingênuas assim. Acredito que todas sabem que muitas coisas ocorrem no meio do caminho, e que elas podem ou precisam mudar o rumo e seguir caminhos diversos, não só por coisas que ocorrem em suas vidas, mas no mundo também.

Diversas vezes ao longo dos anos, eu fazia, e ainda faço, um comparativo mental sobre você ser um profissional de marketing em uma empresa (que não seja de comunicação) e um profissional em uma agência de propaganda. Eu já passei pelos dois mundos e posso dizer que fui sortuda por isso.

Estes mundos são bem distintos, mas eu posso dizer que eles são fundamentais na sua trajetória para você ter a felicidade de poder compreender “o todo” deste sistema, o que facilita sua forma de entender as pessoas.

É engraçado você ser um generalista e um “especialista” ao mesmo tempo, trabalhando em uma agência ou em uma empresa, porém em coisas distintas.


Quando você trabalha em uma agência, você é um “especialista” naquela função, ou seja, você tem as pessoas da produção, da mídia, do planejamento, da redação, da revisão, da direção de arte, da finalização, da prospecção/ novos negócios, do atendimento/ gerentes de contas, RTV junto com algum estúdio, entre outros. No entanto, você é um generalista pois você vai lidar com inúmeros clientes, que representam vários mercados, de produtos/ serviços diversos, porte e tempo de vida. No mesmo dia, você para para analisar e pensar nas pessoas que visitam os shopping centers, depois em uma concessionária de carros, depois em uma rede que oferece comidas saudáveis, logo em seguida, em diferentes formas de consumir espumantes por causa de um cliente que tem este tipo de produto, vai para casa pensando nos lugares mais bonitos para onde os clientes do seu cliente podem viajar, entre outros.

E se você refletir, isso é algo muito bom. Não são todos que têm o privilégio de poder conhecer e se envolver em tantos mercados diferentes ao mesmo tempo. É muita coisa muito diferente para aprender. E é necessário que você nem enxergue isso como pressão, mas que você tenha aquele prazer natural de abrir absurdamente seus horizontes para poder dar o seu melhor. 

Por outro lado, você é um “especialista” na empresa, pois você precisa e busca ter conhecimento sobre aqueles produtos, aqueles serviços, aquela empresa, sobre aquele mercado. E você é o generalista pois, em muitos casos, você vai unir todas aquelas funções de todas aquelas pessoas da agência em você mesmo e em algumas outras pessoas. E, por mais que você conte com uma agência contratada, você jamais deveria “largar as coisas nas mãos deles” sem ter o conhecimento de como é todo o processo lá dentro. Como já disse, eles não têm só você no mundo deles, uma ou outra coisa se perde, não é de propósito, mas pode acontecer, e pode ser por culpa sua também de não ter passado informações e dados o suficiente para que a agência pudesse ter melhor compreensão sobre a empresa, o produto ou algo específico.

Vou exemplificar em uma das tarefas muito importantes do dia a dia, seja em empresa ou agência, que é uma parte do processo de configuração de campanha em Google Ads. Na empresa, você conhece bem o produto ou o objeto da campanha, e inicia a sua lista de keywords para colocar no keyword planner e sentir a temperatura de como elas possivelmente se comportariam nos resultados de buscas. Só nesta parte do processo, vou te dizer que a pessoa da empresa tem uma vantagem enorme sobre a pessoa de mídia da agência (que provavelmente vai ficar encarregada desta tarefa). Não creio que precisarei explicar o porquê, mas explicando… o conhecimento e até mesmo o feeling sobre o que os clientes/ consumidores daquele produto pensam estão muito mais próximos do profissional da empresa do que do da agência.

Há muitas outras coisas que poderia exemplificar, pendendo a balança para um lado ou para o outro, mas o que eu quis passar aqui é que se você tiver a oportunidade de passar por estes dois mundos, agarre-a, mesmo que você precise colocar algumas coisas de lado ou postergar. Eu acredito que vale a pena pois a experiência e a compreensão que você acaba tendo deste mundo são fantásticas.

O segredo está no coração

photo source: WikipediaPense na pessoa ou nas pessoas que você mais ama hoje.

Agora diga quantas marcas/produtos/serviços você absorveu para sua vida por causa destas pessoas, por elas consumirem mesmo.

Tem pessoas que conseguem citar várias marcas, tem outras que não conseguem lembrar de uma. Claro que tudo depende da(s) pessoa(s) selecionada(s) e da relação que possuem. Mas chega a ser impressionante, simples e “osmótico” como absorvemos tudo isso.

O que quero dizer é que infelizmente muitas (não todas) agências de propaganda estão ainda pensando de forma muito tradicional. Apegar-se a formatos e meios de forma que inconscientemente você se vê preso em uma máquina, em um processo e que gera a rotina, torna tudo muito seguro, porém bem ineficiente. Não me refiro a estar preso a meios tradicionais como TV, jornais e revistas, estou falando também de estar preso ao mobile, merchandising…
É muito mais eficiente entender que as pessoas podem até ser bombardeadas por milhões de mensagens diariamente, mas são suas impressões e sensações que captam de pessoas mais íntimas que marcarão de forma mais intensa.

Não generalize de forma a pensar que uma pessoa não filtraria tais informações antes de absorvê-las para suas vidas, para seu dia-a-dia. Mas elas prestarão mais atenção do que todo aquele esforço investido na comunicação das empresas e agências.

Citarei um exemplo meu: estou namorando há pouco mais de 1 ano um rapaz que até então sobrevivia com algum plano da TIM em seu celular. Até que ele se interessou pelos planos da Nextel. Não nego, são planos que parecem ser bem melhores do que de qualquer outra operadora. Claro que Nextel e a adoção do plano foi algo que chegamos a conversar bastante em nossos encontros e trocas de mensagens. Fiquei e às vezes fico tentada a talvez sair de uma Vivo e testar um dos planos da Nextel, mas ainda há algumas coisas que não me convenceram de vez. O fato é que lojas, quiosques, anúncios, cartazes, banners, etc não conseguiram me chamar atenção de forma alguma. “Ah, mas é que você não está querendo trocar de operadora!”. Ah, eu gostaria sim, os preços da Vivo me incomodam muito, mas até aí foi necessário eu notar isso de alguém próximo e que tenho afeto para realmente ver o que a marca estava oferecendo… para vê-la no meio da multidão.

O segredo de conseguir atingir as pessoas de forma super intensa e rápida como esta, apresenta um nível de intangibilidade e vulnerabilidade tão altos que se torna tão difícil e complexo atingir o sucesso, mas ao mesmo tempo tão simples que não impossibilita nem mesmo o menor e mais simples dos produtos de reinarem nesta posição.

Uma questão de disciplina

“Gente, estamos numa agência de propaganda. Que regras são essas?” – Foi o que mais ouvi nos anos de trampo em agências. Obviamente tudo em salas de reuniões onde alguma discussão do ambiente de trabalho era colocada na mesa… e provavelmente, sem a presença dos diretores.

Sim, você também já ouviu ou provavelmente também já disse isso.

Várias foram as reclamações ou críticas em relação ao que tais ambientes permitiam ou não. Oras, estes funcionários, homens e mulheres, geralmente abaixo dos 30 anos de idade não se conformavam como tais liberdades não eram possíveis dentro de agências de propaganda, lugares em que a criatividade e o “fazer o diferente” eram alguns dos elementos da base do negócio.

Temos uma crise quando há o desencontro de 3 pontos:

Ponto 1: A agência é uma empresa como várias outras que existem pois precisa investir pesado para conseguir gerar capital, gerar receita, precisa dar conta de custos e despesas. Seu investimento em pessoas e recursos precisa ser bom pois a agência vende serviço e este é pensado e criado pelas mentes ali presentes. A agência tem que fazer com que seus clientes obtenham lucro por terem acreditado e confiado em seu serviço. O seu lucro vem de toda uma boa administração de vários fatores como esses citados.

Ponto 2: A criatividade e a oferta de algo diferente e eficiente não virão de um sistema de formigas operárias. Estes elementos vêm do conjunto do repertório de cada pessoa, do poder de associação de ideias, de muita observação, pesquisa, análise, da troca de informações, seja em reuniões ou brainstorms internos e de conversas com os clientes e os consumidores. Estes mesmos elementos também vêm de inspiração e de experiências diferentes no dia a dia que passam para o tal repertório.

Ponto 3: A tal máquina pensante, que é o funcionário/colaborador, é capaz das coisas mais inimagináveis e incríveis neste mundo porque ele pode ser imprevisível a qualquer momento… para o bem ou para o mal. É dele que virá o sucesso, o fracasso ou a estagnação dos negócios da agência. Esta pessoa quer ser feliz, e independente do que seja o significado de felicidade para cada um, ela, por estar dentro de uma empresa, tem direitos e deveres dentro desta, assim como ela também tem outros direitos e deveres em sua vida não-profissional.

Exatamente! O desequilíbrio destes 3 pontos começa a trazer lenha para uma possível fogueira bem difícil de ser apagada.

Para facilitar o que quero expressar, vou citar abaixo algumas opiniões/críticas e então meu ponto de vista:

– “Aqui é uma agência! Todos deveriam chegar qualquer hora ou que pelo menos não precisasse chegar tal horário”.

Se o combinado na entrevista final e no contrato foi que você deveria entrar tal horário, então você DEVE entrar neste tal horário. Se você mora longe ou até em outro planeta, você precisa respeitar esta regra que você aceitou.

Trabalhei com uma garota que sabia que tinha que chegar às 9h, creio que com algumas semanas de trabalho, ela começou a chegar 9h30, 10h… Foi chamada, recebeu advertência e continuou a chegar muito tarde. Desculpas como morar longe e que na agência anterior as pessoas podiam chegar em outros horários eram suas justificativas. Nope, nope, nope, querida!

Claro que existem diversas agências que oferecem tal liberdade na flexibilidade em relação aos horários, aí tudo bem, mas se este não é o caso, é melhor você respeitar as regras.

– “Parece que eles ficam contando quantos minutos fico tomando café! Que absurdo!”

Pois é, fumar seu cigarrinho, tomar seu cafezinho, dar aquele break durante o dia de trabalho, eu acho necessário. Dar aquela respirada, aquela espairada faz muito bem. E nesses momentos você acaba conhecendo pessoas que mal encontra dentro da agência e trocando informações que até podem gerar ideias ou ajudá-lo em algo. Mas olha só, se você realmente só vai fazer seu break diário, vale a pena não forçar a barra indo toda hora ou fazendo um horário de “segundo almoço”.

No entanto, há situações um pouco diferentes como fazer sua mini-reunião ou um brainstorm dentro da copa ou num jardinzinho, tomando um café ou fumando um cigarro. Oras, você está produzindo, trabalhando, mas algumas pessoas (geralmente aquelas que estão “de olho”) não estão cientes de que aquilo é trabalho. Nesta situação eu acho que a “pessoa que tudo vê” precisa saber e se lembrar que está dentro de uma agência de propaganda/comunicação e que existe tal possibilidade.

Vale também lembrar que não é porque a pessoa está sentada em seu lugar na mesa que ela está produzindo.

– “Meu, esse pessoal (diretor, sócios, etc) age como se aqui fosse um escritório de contabilidade”

Aqui vale perder um tempo ouvindo exatamente o que vem depois disso, pois dependendo do que vier, não se esqueça que você topou trabalhar neste lugar sob x regras.

Procure outro lugar que tenha as regras com as quais você se identifica.

Se os argumentos forem construtivos para o desenvolvimento e melhor desempenho da agência, vale a pena levá-los a outros departamentos e à diretoria para uma discussão.

– “Não me deixam acessar o Facebook. Como pode?”

Ih, já estive em várias discussões como esta. Defendo a ideia de que o acesso total à web precisa estar liberado a todos os funcionários da agência. Se notam que o funcionário está usando mídias sociais, pesquisas na web, entre outros apenas por lazer, chegando a atrapalhar o ritmo de trabalho, o problema não é da mídia social, não é da liberação desta para todos os funcionários, mas de conduta do funcionário. Cabe ao RH e supervisores/diretoria tratar o assunto o mais rápido possível.

Existem várias outras situações, mas creio que estas foram as mais comuns que ouvi.

O que todas as pessoas que trabalham nestas agências, independente do cargo, deveriam levar em consideração é o bom senso e o debate inteligente sobre mudanças e melhoria contínua do geral. Não vejo necessidade em ser totalmente 8 ou 80, até porque não seria saudável para qualquer empresa.

Quais críticas você já teve ou tem em relação ao comportamento ou disciplina dentro de uma agência de propaganda?

Quem faz o quê?

linhaQual a linha que separa as funções do profissional de Marketing das empresas e as do planner de agências de comunicação?

Na faculdade, claro, é sempre aquela beleza de cada um no seu quadrado. Aprendemos conceitos e mais conceitos. Alguns professores destemidos chegam a citar que a coisa pode não ser bem assim no dia a dia.

No entanto, ao ingressar neste mercado de trabalho e acompanhando bem o dia a dia, percebemos que realmente há coisas bem distintas do que foi explicado em sala de aula, nos vídeos do YouTube ou nos livros.

Trabalhando no dia a dia do meio publicitário, percebemos que não há quadrado. Em algumas empresas clientes, acabamos por encontrar exemplos como profissionais de Marketing com muita responsabilidade nas costas pois eles não são mais aqueles profissionais que ficavam cuidando da aprovação da comunicação que a agência criava e apresentava, que apresentavam à alta diretoria suas decisões e que recebiam relatórios do departamento de vendas. Não, senhor. Com a pressão e competitividade tão forte que reina hoje, o que você mais encontra são profissionais de vendas, que tiveram formação ou passaram por longas experiências no “Marketing”. Enfim, eles têm um mundo nas costas para resolver… e são os primeiros a serem cortados numa “dor de barriga”. Que injustiça.

Nas agências, você tem os profissionais low profile, porém muito ativos, os planners. Não costumam ser numerosos como os executivos de contas, nem como os diretores de arte. Mas que há muito tempo não vêm cuidando apenas do planejamento de comunicação, não, senhor. Na pressão do mercado que as agências também sofrem, as funções dos planners abriram como um guarda-chuva. Estamos falando de praticamente ser um GP, planner, um decisor que vai dar, muitas vezes, a martelada final de todo o projeto pronto para a venda ao cliente. Ah, e mais um detalhe, como as agências pressionadas não podem se dar mais ao luxo de vender apenas comunicação, elas precisam vender soluções. Sim, não é mais uma questão de vender uma boa imagem, bom produto ou serviço a ser divulgado, agora as agências precisam salvar o cliente.

Mas esta não é uma função, algo interno que os profissionais do próprio cliente precisam resolver? Hmmmm, hoje, digo sim e não. Sim, porque é óbvio que uma pessoa vá fazer de tudo para salvar o próprio corpo, só ela mesma entenderia 100% do problema. E não, porque hoje estamos em tamanha sinergia que todo e qualquer fornecedor, prestador de serviço, voluntário ou colaborador é absolutamente influente no que pode ocorrer com uma empresa-cliente a curto, médio ou longo prazo.

Verdade seja dita, hoje os papéis se misturam e todos são co-responsáveis por tudo o que você vê, escuta e sente por aí. O mesmo ocorre na comunicação e no mundo corporativo. Alguns planners podem me apedrejar, alguns profissionais de Marketing podem me contradizer, mas a linha divisória de funções nunca existiu na realidade. Este “caos” foi necessário para manter o que chamamos de ordem.

Casa nova

Estou de casa nova e por isso alguns artigos e textos ficam na fila para publicação.
Mas tudo isso é por causa da correria louca, tanto com a pós quanto com o novo local de trabalho. Para quem não sabia, estava há um bom tempinho na Rae,MP, onde fiz muitas amizades, trabalhei e aprendi muito.
Já no início de julho deste ano, mudei de casa indo para a R.E.F Comunicação, um lugar que estou achando bem legal com pessoas boníssimas e muito profissionais. Há tantas coisas a serem feitas e talvez seja por isso que não esteja conseguindo escrever aqui no blog, no Quick Drops, e muito menos no Yokoso News.

Eu estou doida pra voltar a postar com melhor frequência, nem que seja daqueles meus textos loucos “notionless” XD

Aquela seçãozinha do blog continua lá (ou aqui: http://marinamizioka.com/?page_id=1197, sempre atualizada, com o belíssimo trabalho das assessorias de imprensa, a quem sou muito grata também.

New Ideas – Social Media – Rae,MP

O primeiro encontro do New Ideas – Social Media da Rae,MP foi muito legal mesmo. Tivemos a oportunidade de apresentar toda a importância de um planejamento e preparo bem executado no trabalho de mídias sociais para os clientes.

Veja um vídeo de como foi o evento:

Rae,MP com novo site

Sim, um site simplificado! Vc tem em sua base apenas contato, últimos tweets e informação breve sobre a agência. O “let’s cut to the chase” está TODO espalhado nas redes sociais como Flickr, YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn, Orkut e no blog.

Faço questão que vc visite… e não é jabá!
http://www.raemp.com.br

Tá muito bom!
Mande sua opinião para web@raemp.com.br e quando receber uma resposta, você verá como assinamos nossas mensagens.

Provavelmente nosso time de web estará no Facebook Developer Garage semana que vem, tente nos encontrar (já que tem taaaanta gente inscrita) e diga o que vc achou do site. E se quiser tb, pode nos indicar um talento para webdesigner jr. (já que ainda estamos procurando e entrevistando).

3 filmes que marcaram – agência de propaganda