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Levamos a imagem a sério?

Levamos a imagem a sério?Milhões, bilhões de dólares são destinados ao mercado para que outros zilhões de profissionais trabalhem, se preocupem e transpirem para que a imagem da marca de produtos e serviços seja boa. Todo esse esforço precisa gerar um retorno positivo quanto à percepção do público sobre as marcas, que, consequentemente, precisam inspirar confiança para aumentar a atração do consumidor, que colabora então para o incremento financeiro das empresas. Sempre foi assim e continua sendo, mas há variações geradas pelo comportamento humano que driblam a lógica.

Uso de trabalho escravo na linha de produção de confecções para grandes marcas? Já vimos! Gerou polêmicas mas continuamos comprando e nos vestindo com os produtos das mesmas que receberam esse tipo de acusação. Escândalo sobre desvios gigantescos de capital envolvendo inclusive delação de vários políticos (governadores, senadores, deputados…)? Estamos vendo! E nem por isso deixamos de usar seus produtos, abastecer nossos carros, torcer por esportistas patrocinados pela marca.

Por quê?
A atenção de grande parte da população está voltada para o que está um pouco mais próximo, o que está ao seu alcance no dia a dia. Não são muitos os que ligam seu consumo à outra ponta, que enxergam o que tal grão de arroz pode fazer para a balança virar.

Já pensei também que poderia ser a volatilidade extremamente alta da memória dos consumidores. Por exemplo: algum fato grave negativo ocorre com a empresa e, apesar disso, todos deixariam a notícia correr gerando indignação na população geral. Pouco tempo depois, a maioria deixaria para trás e continuaria a consumir seus produtos. As pessoas esquecem a notícia porque várias outras surgem logo em seguida.

Além dessas questões, pergunto: para que mesmo são investidas fortunas em imagem de marca? Fortalecer sua credibilidade seria uma das respostas. Entretanto, a mais óbvia está na necessidade de ganhar audiência (boa… ou má), mas se for para dispender montantes significativos, que seja no comportamento positivo por parte da empresa, claro.

Sendo ou não relevantes as questões polêmicas para você, a empresa, sendo bem ou mal falada, terá a marca — mesmo que negativamente — evidenciada. No entanto, algum nicho ela deverá atingir. Alguém no mundo vai colaborar para gerar a demanda de que a empresa precisa para se manter.

Portanto, a palavra-chave é, simplesmente, aparecer?

Pintermission da Honda

Uma ação bem bacana de uns meses atrás, da própria Honda, foi utilizar o Pinterest como rede social principal para mostrar este outro lado da vida com a marca.

Eles selecionaram os usuários mais ativos da rede social e ofereceram 500 dólares para ficarem 24 horas descansando com um novo CR-V, e claro, postando fotos em suas contas do Pinterest, em um board específico “Pintermission” para que seus milhares de seguidores pudessem conferir os passeios e eventos.

O objetivo não era mostrar o carro, mas mostrar as diferentes rotinas, deste outro lado não comercial da Honda.

Observação sincera da Marina: há possibilidade desse não ter sido muito bem o objetivo da Honda com isso, mas talvez eles quisessem que os convidados tirassem alguma foto do carro nos ambientes ou que eles mencionassem mais o novo modelo.

http://pinterest.com/happymundane/jon-s-pintermission/
http://pinterest.com/honda/jonathan-s-pintermission/
http://pinterest.com/jchongdesign/pintermission/
http://pinterest.com/honda/jennifer-s-pintermission/
http://pinterest.com/honda/michael-s-pintermission/
http://pinterest.com/caitlin_cawley/caitlin-s-pintermission/
http://pinterest.com/honda/bonnie-s-pintermission/

Filiais e franquias

É verdade que qualquer tipo de empreendimento que você mergulhe, sempre haverá os altos e baixos, dependente da situação de mercado, da sociedade ou particular. Mas na minha opinião, eu sempre achei que as palavras “franquias” e “filiais” são arriscadíssimas e dignas de intenso e contínuo estudo e esforço. Um minúsculo descuido toda a rede, toda a cadeia sofre.

Quer um exemplo que vi neste final de semana?
Restaurante japonês Nanako. Creio que o primeiro restaurante Nanako surgiu em Moema (na Lavandisca, um dos preferidos do falecido Mário Covas). Maravilhoso, perfeito, espetacular. Minha família e eu adoraaaamos este restaurante. A comida, a apresentação e a atenção no atendimento são imbatíveis. O preço para o meu bolso é salgado, no entanto, eu sei que vale a pena por todo o valor agregado. E ainda recomendo para todos.

Só que neste domingo passado, fui almoçar no Nanako, de Perdizes.
Não encontrei a variedade de sushis e outros pratos no buffet, o ambiente para as mesas era claro, mas a iluminação na parte do buffet deixava a desejar, idem para a apresentação da comida, parecia que estava remexida, deixada de lado (em Moema, SEMPRE tem a reposição, organização e boa iluminação). E não que eu seja chata, nem discriminatória, mas se você vai abrir um restaurante japonês, mostre que vc tem ao menos um japonês no comando da equipe e/ ou na cozinha. É incrível, mas isso faz um outro efeito. Neste local, os sushimen? Onde? Provavelmente escondidos na cozinha.
Talvez a única coisa boa foi que as bananas carameladas estavam no preço do buffet. Mas como elas eram muito boas, as disponíveis acabavam rápido, então eu tive que esperar alguns minutos até a próxima remessa… e ainda tinha que ficar de olho na gordinha da mesa ao lado, que parecia que fazia um rapa nas bananas.
Não creio que voltarei lá e ainda vou recomendar a outras pessoas que prefiram a unidade de Moema ao invés desta.

Entendeu o que quis dizer? Deslizes podem comprometer a comunicação, imagem e vendas de uma rede. Isso já aconteceu com marcas famosas, todos já conhecem exemplos. E a recuperação precisa ser rápida, mas a resposta positiva do público pode demorar aaaanos, se tiver sorte.
Não que as pessoas devam ficar apenas com uma unidade, a difusão é necessária e saudável, mas creio que seja uma das coisas mais arriscadas em Negócios.