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Atendimento II

Conceito e prática de bom atendimento sempre foi discutível. O padeiro daquela padaria sempre se mostra indiferente aos seus clientes diários, aquela atendente da Oi só consegue falar “5 dias úteis”, o serviço de SAC daquela outra empresa nem sequer abre seus e-mails, aquele representante parou de me dar atenção após ter conseguido um outro cliente parrudo… e assim por diante. Tem uns que dizem que só por ter atendido, já é algo bom. Outros, só vão sentir algum bom efeito quando ver que a solução já está quase 100% entregue. E existem outros ainda que só se darão por satisfeitos quando sentir um bom atendimento após utilizá-los pelo menos umas 3 vezes consecutivas.

Um bom tempo atrás, eu chegava a pensar: “Ela atende mal porque ela levanta no meio da madrugada, pega 3 conduções para chegar ao trabalho, não tem estudo, nem expectativas, é todo dia aquele esquema com o headset e um sistema lerdo em seu computador para atender os clientes xingando, 15 minutos de almoço, ganha um salário mínimo e não pode gastá-lo com ela própria porque tem que ajudar o irmão que tem 20 filhos…”. Mas eu também me deparava com pessoas que tinham uma vida totalmente diferente desta anterior, e que por algum motivo, talvez preguiça, desmotivação ou desagrado mostravam um atendimento tão péssimo quanto a outra.

Não sei o que você pensa, mas eu acredito que se você topou o desafio, você também aceitou as regras. Claro, sempre há espaço e tempo de sugerir mudanças para o melhor, mas de um jeito ou de outro, ainda assim, você aceitou os termos básicos para fazer este atendimento.

Eu ainda tenho minhas dúvidas se o serviço de atendimento possui as vagas mais fáceis de serem preenchidas e por isso, você encontra uma grande variedade de pessoas ineficientes fazendo tal serviço. Às vezes, nem é pela falta de atenção e carisma no atendimento, mas pode acabar pecando no analfabetismo (que dependendo dos dados a serem registrados, pode causar danos e muita dor de cabeça para a empresa e para o cliente).

Como você muda isso?

Atendimento

Calma, eu não vou brincar com ninguém do Atendimento de qualquer agência. XD
Na verdade, eu estava aqui estudando e veio um texto complementar para ler sobre Vendas e Atendimento. Para falar a verdade, um grão de areia no deserto de bilhões de textos sobre bom atendimento que vemos em qualquer lugar. Este texto que li é velho (de 2006), não mata nenhuma charada, não impressiona, mas só me cutucou a querer colocar aqui pela semelhança da situação que passei em uma pousada lá no sul do Brasil.

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Artigo abaixo se encontra neste endereço: http://www.consultores.com.br/artigos.asp?cod_artigo=367

Qualidade no atendimento é…

Paulo Henrique de Araújo

Vamos aos fatos: era mais um fim de tarde em minha vida. Acabava de chegar a uma cidade do interior do Rio Grande do Sul para realizar uma palestra. Naquela semana estava havendo um grande evento na cidade e seu principal hotel estava lotado. Foi quando me sugeriram hospedar-me na Pousada Santa Maria. Confesso que a princípio a idéia não me pareceu agradável e já estava me imaginando em não tendo uma boa noite de descanso.

Assim que cheguei à fachada parecia confirmar meus pensamentos, mas algo estava para acontecer. Logo na entrada um senhor já foi pegando minhas bagagens e na recepção fui logo atendido com um cumprimento cordial e um longo sorriso, o que confesso acalmou minhas más primeiras impressões da tal fachada. A recepcionista, D. Tânia, uma mulher simpática e um jeito maternal logo foi me mostrando um dos quartos da pousada. Quando entrei notei belos móveis, um quarto bem pintado, banheiro limpo e bem decorado, TV, frigobar e belas colchas na cama.

Mas o melhor ainda estava por vir. Assim que saí para meu compromisso daquela noite, D. Tânia perguntou-me se eu iria jantar fora ou se preferia jantar quando retornasse. Respondi que preferia jantar na volta se não fosse incômodo, preferencialmente um prato leve e bem quente devido ao frio que já estava se anunciando lá fora. Ela sugeriu-me uma bela canja. Aceitei e solicitei o serviço de lavanderia para passar uma de minhas camisas. Sua resposta foi curta e grossa: – “Nossas camareiras já se foram, mas eu terei prazer em passar a camisa para o senhor. Onde ela está?”

Assim que retornei, por volta de 23h00min h, lá estava à minha espera uma bela canja quente e minha camisa impecavelmente bem passada.

Minha expectativa quanto ao atendimento havido sido superada. Minhas conclusões:

? Questão de boa vontade. Um bom atendimento é principalmente questão de boa vontade. D. Tânia não era a recepcionista somente, mas a própria encarnação da filosofia e atitudes que toda empresa deve ter independente de área de atuação ou porte.

? Felicidade e paixão. Estes me pareciam ser os sentimentos predominantes no local. Prazer e paixão por aquilo que se faz. Você já percebeu que, quando estamos felizes e apaixonados, produzimos e trabalhamos muito mais sem, porém, fazer muito esforço para isso? Lembrei-me dos pequenos atos criativos com os quais chamamos a atenção e para conquistamos o amor da primeira namorada ou namorado…

? Alegria em servir. No outro dia ainda notei a alegria e presteza em que as pessoas lá trabalhavam. No café da manhã, bem caseiro, porém cheio de variedades, a própria cozinheira saia de seu “reino” para perguntar aos hóspedes se os bolos estavam ao nosso agrado. A alegria deve fazer parte de nosso ambiente de trabalho e de nossa vida, é um grande recurso para o aumento da qualidade e da produtividade. É claro que temos dias felizes e tristes (e quem não os têm), mas se conseguirmos maximizar os pequenos momentos de felicidade poderá “escapar” mais rapidamente dos momentos infelizes.

? Somente tecnologia não ganha jogo. Ter uma equipe que se sinta dona do próprio negocio é mais importante do que sistemas e máquinas de última geração.

? Auto-superação. Essa é a palavra-chave para a excelência pessoal. Transforme suas idéias em soluções práticas, procurando sempre melhorar continuamente, elevando sempre seus objetivos. Temos a triste mania de só nos considerarmos pessoas criativas quando temos grandes idéias, grandes projetos. No entanto nossa vida pessoal e profissional é formada por pequenos atos. São os pequenos atos e pequenas mudanças que realmente nos transformam profundamente.

? Valorização do cliente. Com certeza, a equipe da pousada, pelo menos intuitivamente, sabe que é o cliente que mantém seus empregos. Acredito que devido a isso a recepcionista, o mensageiro, as cozinheiras estavam todos muito empenhados em atender bem a todos os hóspedes daquela pequena pousada. O cliente é a razão de ser de sua empresa. Crie uma cultura onde todos são responsáveis pelo bom atendimento, independente do setor em que trabalhem.

Minha última conclusão: por menor que seja sua empresa, por menos capital que ela tenha para investir, sempre, sempre pode existir um diferencial de mercado.

A excelência, a qualidade total está dentro de cada um de nós. O importante é querer atender bem, realizar um bom trabalho. Não tenha medo de errar. Temos de controlar nossa tendência para aceitar o fracasso e lutar mais pelo sucesso. Maximize todo o seu talento e esforço para o acerto e passe a acreditar mais nas possibilidades de sucesso. Pergunte-se sempre: e por que não?

Afinal, aprender todos nós podemos.

Aponte seu dedo pra lá

“Que coisa mais chata esse pessoal que só tira fotos de comida”, “o Instagram deles só tem fotos dos pratos que eles vão comer”…
Aahahah, pare de seguir ou simplesmente ignore.

Eu não entendo essas pessoas que vivem reclamando de amigos ou conhecidos que costumam tirar fotos dos pratos que estão prontos a serem devorados ou então de pratos que mereceram a atenção do consumidor por algum motivo. Eu tenho certeza que estas pessoas que tiram e publicam tais fotos não ficam fazendo isso toda hora a ponto de irritar os outros, nem mesmo Jamie Oliver faz isso toda hora, basta checar seu Instagram, e olha que ele vive disso, hein! O mesmo para a conta do Alex Atala, você já viu?

Vamos jogar um exemplo para a vida off-line? Você não aguenta mais aquela sua amiga ou colega que só fala do sobrinho, ou do cachorro do marido (leia e entenda como quiser), ou simplesmente, do trabalho. É chato escutar isso tooooda hora que você conversa com essa pessoa? Depende, se você passa um certo tempo do dia ou tem uma boa frequência de encontro com esta pessoa, realmente, isso enche. Mas aí entra seu livre arbítrio com o poder de se afastar desta pessoa gradativamente, ou então você pode começar a interagir com ela perguntando “você gosta tanto do seu sobrinho, já cogitou de também ter um filho? Por que não? Ter um tempo antes? Aaaah, então você não gosta de criança…”. Entendeu? Você pode dar uma de louca para a pessoa sair um pouco daquele campo autista.

Existe a grande chance de você ser considerada chata e a “do contra” por essas pessoas se você for com essas abordagens, mas obviamente você vai pensar em algo melhor na hora.

Voltando à vida on-line, que praticidade maior é aquela função de não receber mais as atualizações de algumas pessoas no seu Facebook? E você continua amiga delas. No Twitter, no Instagram, no YouTube, é só parar de seguir, de acompanhar, sempre há outras centenas que preencherão seu lugar.

E vocês aí falando de etiqueta nas redes sociais, mas atirando pedras em pessoas com hábitos tão “problemáticos” como os seus. Tsc, tsc.